A união entre trabalhadores petroleiros, camponeses da reforma agrária e da agricultura familiar levou alimentos e gás de cozinha à famílias em situação de vulnerabilidade de quatro cidades do Paraná, no último final de semana. Foram distribuídas 120 cargas de gás e 14 toneladas de alimentos em São Mateus do Sul, Bituruna, General Carneiro e Tamarana.
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As ações fazem parte da campanha nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em solidariedade às famílias que enfrentam o desemprego e a fome neste período de pandemia do coronavírus.
“São ações como essa em que nós agricultores acreditamos que a Reforma Agrária é a solução para a fome do país”, afirmou Amanda da Silva Felix, moradora do assentamento Contestado e coordenadora da Escola Latino-Americana de Agroecologia (ELAA), que participou da colheita e preparo das cestas em Bituruna.
Desde o início de abril, mais de 2,8 mil toneladas de alimentos foram doadas por famílias sem-terra em todo o Brasil. No Paraná, com as doações do último final de semana, as partilhas chegaram a 415 toneladas de alimentos. Em Curitiba, 10,5 mil marmitas já foram produzidas e distribuídas pelo MST, em parceria com coletivos, campanhas e movimentos urbanos.
As ações também marcaram um protesto contra o despejo de agricultores sem-terra em Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, na sexta-feira (14).
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Essa é a terceira ação feita em conjunto pelo Sindipetro PR/SC e pelo MST do Paraná. A primeira aconteceu no dia 13 de junho, em Curitiba, quando foram partilhadas 520 cargas de gás e 15 toneladas de alimentos. A segundo ocorreu no dia 1º de agosto, com a distribuição de 400 cargas de gás e 28 toneladas de alimentos em Curitiba, Araucária e Campo Magro.