Com o objetivo de combater as desigualdades no Brasil, intensificadas durante a pandemia da covid-19, 37 organizações da sociedade civil, coletivos, movimentos sociais, quilombolas e acadêmicos lançaram a Ação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD), essa semana.
Marcio Black, coordenador do programa de Democracia e Cidadania Ativa da Fundação Tide Setubal, uma das entidades que integram a coalizão ABCD, disse durante o lançamento virtual que as desigualdades no Brasil são "resultado da estrutura econômica e tributária e de políticas públicas construídas ao longo do tempo".
No manifesto da coalização, as organizações destacam que a pandemia não intensificou só a desigualdade na saúde: "Segundo estudo do Cebrap, as mulheres e a população negra são os mais atingidos pela crise do coronavírus por já estar em situação mais desfavorável, representando a maior parte dos trabalhadores informais ou trabalhando nas atividades econômicas mais afetadas pelas políticas de isolamento social", afirma o documento da ABCD.
Para Maria S. Aparecida de Oliveira, presidenta do Geledés - Instituto da Mulher Negra, que participou da mesa de inauguração da coalizão, além da pandemia, o governo de Jair Bolsonaro é responsável pelo aumento das desigualdades no país: "Nesse último ano e meio, desde a posse desse novo governo, a gente está vendo essas desigualdades aumentarem muito. Este governo especificamente impacta de forma muito negativa a vida dos mais vulneráveis, porque ele não tem interesse em criar ou manter políticas públicas que sejam um colchão social para os mais vulnerabilizados na nossa estrutura social".
O jornal traz o segundo capítulo da série Os Warao no Brasil. O episódio aborda as péssimas condições de vida dos indígenas em um abrigo público de Belém (PA). Entre os problemas apontados pelas famílias estão: calor intenso, falta de higiene e de comida.
Confira também informações sobre a luta dos trabalhadores da Cidade da Criança em São Bernardo do Campo (SP), contra o fechamento do parque de diversões que existe há mais de 50 anos. A empresa que administra o espaço de lazer anunciou o fim das atividades e cerca de 150 trabalhadores serão demitidos. Funcionários cobram do prefeito Orlando Morando a reabertura do Parque.
Confira todos os destaques e o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
