Após duas semanas registrando crescimento menos acelerado nos números de infectados pela covid-19 e queda na taxa de transmissão, o Brasil recebeu um alerta direto da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS): não é hora de diminuir as medidas de proteção contra o coronavírus. De acordo com os números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o país chegou quase a quatro milhões de contaminados, com 3.997.865 casos oficiais nesta quarta-feira (02). Em 24 horas, foram confirmados 46.934 novos pacientes.
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O Brasil segue como segunda nação com mais casos e mortes no mundo todo. Ainda segundo o Conass, nesta quarta-feira (02), o total de óbitos no país chegou a 123.780. Desde a terça-feira (1), os novos casos fatais confirmados somaram 1.184. A diretora da OPAS, Carissa Etienne, lembrou que, junto com Estados Unidos, o país ainda é responsável por boa parte dos registro globais. “Um sinal claro de que a transmissão ainda está ativa”.
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Há duas semanas, o Brasil vem registrando menos de 300 mil contaminados a cada sete dias, realidade que não era observada desde o meio de julho. O total de mortes na semana que se encerrou no dia 29 de agosto também foi menor do que o registrado anteriormente. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (2), o Ministério da Saúde afirmou que há uma tendência de queda. Mas os gráficos mostram que desde maio os casos fatais são superiores a 6 mil por período.
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O diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da OPAS, Marcos Espinal, é taxativo ao afirmar que as ações de combate, como isolamento, distanciamento, uso de máscaras, higienização e testagem não podem parar. “Por mais que os casos estejam diminuindo, o Brasil não está fora do problema. A pandemia continua. O Brasil é grande e, mesmo que tenha aumentado a testagem, as medidas precisam continuar.”
O que é o novo coronavírus?
Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Rodrigo Durão Coelho