Foi confirmado nesta quinta-feira (4) que o corpo encontrado no dia 15 de agosto, em Buenos Aires, pertence a Facundo Astudillo Castro. Houve protestos em diversas cidades exigindo justiça por Facundo e a renúncia de Sergio Berni, ministro de Segurança da província.
O corpo foi encontrado em Villarino Viejo, cidade próxima a Bahía Blanca, onde o jovem se dirigia no dia 30 de abril, quando desapareceu após uma abordagem policial.
O caso de Facundo sofreu diversos desvios e provas implantadas para incitar que Facundo não teria sido detido pela polícia, algo denunciado desde o início pelo advogado que representa a família, Leandro Aparicio. “Duas pessoas foram testemunhas de que Facundo estava jogado na estrada nacional. Ele estava aí morto ou inconsciente. Já temos a informação de que a causa de sua desaparição foi a abordagem pela polícia da província.”
Uma perícia realizada com cães farejadores confirmou vestígios possivelmente de Facundo em uma viatura policial utilizada na noite do desaparecimento. O material será encaminhado para análise. O ministro de segurança Sergio Berni afirma que não há indícios de que seja um crime federal: “A queixa incita um crime que não aconteceu”.
Entenda o caso
No dia 30 de abril, Facundo Castro, de 23 anos, saiu de sua casa, em Pedro Luro, para visitar a namorada em outra cidade, Bahía Blanca, situada a 121km de distância, na província de Buenos Aires. O jovem foi detido no caminho em um controle policial.
O isolamento social obrigatório já havia sido estabelecido no país, o que deu margem a abordagens mais violentas por parte da polícia em todo o território.
O caso do jovem desaparecido após uma abordagem da polícia de Buenos Aires, na Argentina, ganhou repercussão nacional, comparável às mobilizações pelo desaparecimento de Santiago Maldonado, em 2017.
Edição: Luiza Mançano