Como dizem os especialistas, a guerra é um dos pais do horror
A Segunda Guerra Mundial acabou há 75 anos, tirando a vida de dezenas de milhares de civis e militares. Os fantasmas do conflito mais caro e mais mortal da humanidade ainda nos assombram.
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A dureza vivenciada de 1939 a 1945 é o foco da coletânea Arquivos Secretos da Segunda Guerra Mundial, publicada pela editora Draco. A obra conta 8 histórias em quadrinhos, entre uma mistura de realismo, fantasia, ficção científica e terror.
Para se ter uma ideia, são narrativas sobre campos de batalha, devastação de cidades, espionagem e sobrevivência, além das consequências de toda essa violência. A produção é coletiva teve coordenação do editor e roteirista de quadrinho Raphael Fernandes.
Uma das histórias retratam o uso da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki / Arte: David Arievilo
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“Essa coletânea Arquivos Secretos da Segunda Guerra Mundial tem um tom de horror muito forte. Até porque a guerra para mim, como dizem os especialistas, a guerra é um dos pais do horror”.
Uma das passagens da obra, por exemplo, retrata o momento em que mulheres serviram como cobaias ao ingerir alimentos envenenados que seriam servidos a Adolf Hitler. A história foi escrita pela roteirista Larissa Palmieri. As releituras foram feitas por roteiristas e ilustradores de diferentes lugares do país, como afirma Raphael Fernandes.
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“Cada história acaba trazendo ali o seu sabor, uma proposta diferente. Tem autores cearenses, autores de São Paulo, gente do Rio de Janeiro, tem uma mistureba de lugares diferentes que apresentam uma complexidade narrativa que me interessa. Trabalhar com um coletivo para contar várias histórias em quadrinhos é uma forma muito bacana de apresentar vários autores e ver uma ideia de vários pontos de vista diferentes”.
Os roteiristas da coletânea são Antônio Tadeu, Celso Menezes, Larissa Palmieri, Luís Carlos Sousa, Alexey Dodsworth, Rodrigo Vinholo e Sarah L. Silva. No grupo de ilustradores estão Chico Silvério, Rodrigo Matos, Tito Camello, Gabriel Calfa, Flávio L. Maravilha, David Arievilo, Gabriela Nascimento, Breno Fonseca (Kura).
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A verba que possibilitou o projeto é resultado de um financiamento coletivo. Os leitores colaboram e em troca recebem recompensas da editora, como exemplares do livro e marcadores de página.
“Hoje em dia uma editora que não tenha pessoas que acompanham, que gostam do material, que se dedicam alí a conhecer as novidades, dificilmente vai conseguir sobreviver no atual mercado.”
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A edição é composta por 160 páginas coloridas e está disponível no site editoradraco.com
Edição: Daniel Lamir
