O período de inscrição dos partidos que vão disputar as eleições legislativas do dia 6 de dezembro na Venezuela foi encerrado nessa sexta-feira (4). Tanto chavistas (situação) como opositores inscreveram suas chapas para concorrer às 277 cadeiras da Assembleia Nacional.
Para a oficialização das candidaturas, no entanto, ainda há a dependência de aprovação das autoridades eleitorais, que vão conferir as documentações apresentadas.
O Grande Polo Patriótico (GPP), aliança eleitoral chavista, liderada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), tem como destaque oito ministros que se licenciaram do cargo para participar do processo eleitoral. Entre eles, o vice-presidente de Comunicação, Turismo e Cultura, Jorge Rodríguez; a minitra de Mulher e Igualdade de Gênero, Ásia Villegas; e a ministra de Comunas, Blanca Eekhout.
Todas as pastas já tiveram seus substitutos nomeados. Para a Comunicação, assume Freddy Ñáñez, que até o momento exercia o cargo de presidente do canal estatal Venezuelana de Televisão (VTV). Já Carolys Helena Pérez assume como ministra da Mulher. Enquanto a deputada constituinte Noris Herrera Rodríguez estará à frente do Ministério de Comunas.
O presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), Diosdado Cabello, também é outro nome de peso que formará parte da chapa do GPP.
"Além do discurso eleitoral partidário, essa é uma aposta pela Venezuela, por nosso país, não se trata apenas de ganhar a maioria da Assembleia, trata-se de recuperar esse poder", afirma Tania Diaz, presidenta de Agitação e Propaganda do PSUV.
Já pelo campo opositor, a Aliança Venezuela Unida, liderada pelo atual presidente do Parlamento, Luis Parra, também inscreveu seus postulantes para diversos circuitos.
"Nosso caminho é muito claro e nossos direitos estão plenamente consagrados na Constituição. A Venezuela é maior que esses dois setores que hoje estão se confrontando em uma polarização", afirmou o deputado.
Enquanto avança o calendário eleitoral venezuelano, também aumentam as pressões internacionais.
O governo dos Estados Unidos emitiu novas sanções unilaterais, direcionadas à presidenta do CNE, Indira Alfonzo, e o Procurador-Geral da República, Reinaldo Muñoz Pedroza.
Edição: Rodrigo Durão Coelho