Nesta segunda-feira (7), no Dia da Independência, manifestações começam a ser registradas em diversas cidades brasileiras, em mais um Grito dos Excluídos e das Excluídas. Nesta 26º edição, com o tema "Vida em Primeiro Lugar" e sob o lema "Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade", a atividade nacional organizada por diversos movimentos populares, pastorais e organizações políticas e sociais, mais uma vez, se propõe a ser um espaço de luta e denúncia.
Em meio à crise econômica e pandêmica causada pelo novo coronavírus, diversas entidades se unem em atividades presenciais e online. Além de ações de solidariedade, como a distribuição de marmitas e o plantio de árvores, a pauta “Fora, Bolsonaro” também está presente em atos em diversas regiões do Brasil.
Em São Paulo (SP), a concentração ocorre desde às 9h, na praça Oswaldo Cruz, próxima à Avenida Paulista, de onde os manifestantes partem em caminhada pela Centro da cidade.
Em Brasília (DF), também desde às 9h, ocorre um ato no gramado em frente ao Teatro Nacional, na Esplanada dos Ministérios.
Já na capital paraense, em Belém, a concentração do Grito começou às 8h na Praça da República, com transmissão ao vivo pela rádio web Idade Mídia e página oficial do Grito no município.
Grito dos Excluídos 2020 - Curated tweets by brasildefato
O Grito dos Excluídos surgiu em 1994, a partir do processo da 2º Semana Social Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e foi realizado pela primeira vez no ano seguinte, em 7 de setembro de 1995, em 170 localidades, com o lema “A vida em primeiro lugar”, como um contraponto ao Grito da Independência.
“Mais do que uma articulação, o Grito é um processo, uma manifestação popular carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos”, consta em trecho de um documento histórico sobre a manifestação.
Edição: Vivian Fernandes