7 de setembro

Grito dos Excluídos: missa e doação de 5 mil marmitas acontecem em Curitiba e região

Distribuição de refeições é organizada pelo MST e pelo Sindipetro, com apoio de outros movimentos e coletivos

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Refeições chegarão nas mãos de pessoas em situação de rua do Centro da capital e às famílias de comunidades carentes de Curitiba, Araucária e Campo Magro - Giorgia Prates

Em Curitiba e Região Metropolitana, a grande ação do Grito dos Excluídos e Excluídas deste ano será a doação de milhares de marmitas às pessoas em situação de maior vulnerabilidade em função da pandemia do novo coronavírus. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR e SC) farão a distribuição gratuita de 5 mil refeições, entre a segunda (7) e a quarta-feira (9).

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O Grito dos Excluídos chega à sua 26ª edição com o tema permanente “Vida em Primeiro Lugar” ainda mais atual. Na data em que se comemora a Independência do Brasil, 7 de setembro, a ação anual questiona as desigualdades e a exclusão de grande parte da população brasileira aos direitos básicos.

Neste ano, o lema será “Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!”, como forma de expressar a crise sanitária imposta pela pandemia da covid-19, que já matou mais de 124 mil brasileiros, além dos retrocessos sociais e econômicos impostos pelo governo Bolsonaro.

Ações virtuais e simbólicas estão agendadas em centenas de cidades do Brasil. E no Paraná as refeições solidárias chegarão nas mãos de pessoas em situação de rua do Centro da capital e às famílias de comunidades carentes de Curitiba, Araucária e Campo Magro. Botijões de gás e alimento in natura também serão doados a associações de moradores.

Outra marca desse Grito dos Excluídos será uma missa na Catedral de Curitiba, no dia 7, ao meio dia, conduzida pelo Arcebispo de Curitiba e Região Metropolitana, Dom José Antônio Peruzzo. A celebração terá participação presencial restrita e será transmitida pelo Facebook da Arquidiocese.

Após a missa, pelo menos 350 marmitas serão distribuídas em frente à Catedral, na praça Tiradentes, para as pessoas em situação de vulnerabilidade social.

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Cronograma

Em 7 de setembro serão 2 mil entregas, parte em frente à Catedral, e parte para as comunidades Portelinha e Vila Formosa, também na capital paranaense. Já na terça-feira (8), com o mesmo número de doações, as famílias beneficiadas moram na comunidade 29 de Março, em Curitiba, e Nova Esperança, em Campo Magro.

O trabalho continua na quarta-feira (9), junto à população em situação de rua nas praças de Curitiba, com entrega de 400 marmitas. Depois, o destino é a Cidade Industrial (CIC), mais precisamente no Sabará, com mais 200 doações. Encerram o dia na comunidade Santa Cruz, em Araucária, com outras 400.

A produção das refeições contará com apoio de aproximadamente 70 voluntários integrantes de coletivos, sindicatos e movimentos sociais, que já produzem pelo menos 700 marmitas todas as quartas-feiras, na ação batizada de “Marmitas da Terra”. Ao todo, já foram 12.600 marmitas doadas desde o início da pandemia, produzidas com alimentos vindos principalmente da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária.

Todas as comunidades que irão receber as marmitas já foram atingidas pela União Solidária, um trabalho integrado entre MST e Sindipetro PR e SC que partilhou alimentos vindos da Reforma Agrária e gás de cozinha. Ao todo, a ação doou 61,5 toneladas de alimentos e 1.040 cargas de gás de cozinha para famílias de Curitiba, Araucária e Campo Magro. Em todo o Paraná, as famílias do MST partilharam 430 toneladas de alimentos desde o início da pandemia.

Fonte: BdF Paraná

Edição: Vivian Fernandes e Lia Bianchini