Coluna

Se não tem arroz, que comam macarrão

Imagem de perfil do Colunistaesd
Bolsonaro tem motivos para dar risada, mesmo que esteja falando sobre a pandemia que já causou 130 mil mortes. As praias lotadas no feriadão servem para comemorar a vitória discursiva sobre a pandemia - Tânia Rego / Agência Brasil
A paz de Bolsonaro, porém, pode não ser duradoura

No seu projeto de garantir a reeleição em 2022, Bolsonaro já não se preocupa com as 130 mil vítimas do coronavírus. Tamanha tranquilidade pode ser explicada pelas costas quentes com o judiciário e a “sua” Polícia Federal, mas a alta dos preços dos alimentos mostra que a crise econômica é um obstáculo para seu projeto – e um caminho a ser explorado pela oposição.

1. Asinhas de fora. Bolsonaro tem motivos para dar risada, mesmo que esteja falando sobre a pandemia que já causou 130 mil mortes. O impeachment é coisa do passado no Congresso, as praias lotadas no feriadão servem para a família presidencial comemorar a vitória discursiva sobre a pandemia e as mobilizações de rua prometidas para o pós-distanciamento social não ocorreram.

Mas as costas quentes no judiciário e na Polícia Federal parecem ser o motivo de tanta segurança. A adesão destas instituições ao projeto bolsonarista chega até a cúpula do STF, com a gestão submissa de Dias Toffoli encerrada nesta quinta (10), coroada com uma visita surpresa e constrangedora de Bolsonaro à sessão, é reforçada com a ofensiva para a nomeação de um juiz terrivelmente evangélico para a vaga de Celso de Mello e se reflete em uma série de operações que, para dizer o mínimo, levantam suspeitas.

No Rio de Janeiro, Toffoli afaga o novo governador, aliado de Bolsonaro, ao suspender decisão que obrigava o governo estadual a oferecer merenda escolar durante a pandemia. O judiciário fluminense também adota como prática a censura prévia em casos sensíveis à família presidencial: o TJ proibiu a Globo de exibir documentos ou trechos de peças relativas à investigação do caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro e, alguns dias antes, já havia retirado do ar uma série de reportagens do portal Jornal GGN sobre o banco BTG Pactual. Ou seja, há algo de estranho no ar.

A Polícia Federal segue focada em investigar desvios de recursos da pandemia nos Estados - de abril a agosto, foram deflagradas mais de 40 operações da PF. As apurações atingiram em cheio governadores de três estados: Rio de Janeiro, Pará e Amazonas. Neste contexto, Bolsonaro se sente à vontade para anunciar que o próximo alvo pode ser seu ex-ministro da Saúde e hoje desafeto, Luiz Henrique Mandetta. Até no futebol, depois de garantir a retomada das competições e ferir a Globo na questão dos direitos de transmissão, Bolsonaro está vendo duas emissoras aliadas disputarem , o SBT conseguiu os direitos da Libertadores e a CNN Brasil tenta os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

O bolsonarismo parece em alta.

2. Pedra no sapato. A paz de Bolsonaro, porém, pode não ser duradoura. Lembramos que sempre haverá Queiroz e a complicada situação de Flávio para desequilibrar Bolsonaro, em muitos sentidos. Porém, a grande ameaça a curto prazo pode vir mesmo da economia. Como aponta Thomas Traumann, mesmo com o apoio do Centrão, a prorrogação do auxílio emergencial e a moderação no discurso golpista, a popularidade de Bolsonaro pode ter alcançado o seu teto. E, principalmente, a redução do auxílio emergencial para R$ 300 e seu encerramento em dezembro, sem perspectivas para o Renda Brasil, podem rebaixar estes índices de aprovação.

Lembrando que apenas quem começou a receber em abril tem direito a quatro parcelas de R$ 300, enquanto quem começou a receber em julho, por exemplo, terá apenas uma parcela de R$ 300 até dezembro. E, na virada do ano, pelo menos 20 milhões de brasileiros ficarão sem receber nada. Segundo a pesquisa do Poder 360, entre os que recebem ou estão aguardando receber o auxílio, 71% discordam do fim do benefício.

É possível supor que parte dos excluídos do programa se voltem contra o governo. Bolsonaro precisaria de uma combinação entre fim do auxílio e, simultâneamente, recuperação da economia. Entretanto, este cenário, sem a atuação contundente do Estado, é improvável, como atestam as próprias expectativas do mercado, que pioraram segundo a pesquisa Focus do Banco Central, apostando na retração do PIB em 2020 de 5,31%. 

3. Arroz, líder da oposição. Neste contexto em que a economia pode derrubar a popularidade de Bolsonaro, o arroz se tornou símbolo da alta do preço dos alimentos, junto com a farinha, leite e óleo de soja que tiveram alta de mais de 30%. Enquanto a média do IPCA  acumulou alta de apenas 0,4% até julho, a categoria de alimentação no lar avançou 4,9%.

Dois motivos explicam a alta: primeiro, a demanda externa, devido à queda da safra de arroz na Tailândia e o aumento das importações chinesas. Segundo, todos os produtos alimentícios são negociados em dólar, e a própria variação da moeda americana influencia os custos para os consumidores.

No mês passado, o dólar avançou 5%. No ano, a valorização acumulada é de 31%. Café, carne bovina e açúcar são outros produtos que devem ter alta de preços por estes motivos. Porém, quando a política cambial de desvalorização do Real, tornando a exportação do arroz mais atraente, e a demanda externa encontram um país que não tem política de abastecimento e segurança alimentar, o resultado só pode ser a alta dos preços.

Como lembra o Leonardo Rossato, os armazéns da CONAB tinham a prerrogativa de armazenar alimentos e de regular os preços de mercado nesse sentido, evitando grandes discrepâncias. O que o governo fez? Fechou vinte e sete desses armazéns.

Com um orçamento que praticamente zera os investimentos em reforma agrária, a insegurança alimentar deve ser uma constante neste governo. Segundo a Associação Paulista de Supermercados, o preço do arroz pode alcançar R$30. Além disso, a alta da cesta básica deve influenciar outros setores da economia. O Itaú Unibanco, por exemplo, estima que os preços devem continuar subindo pelos próximos dois meses e poderiam afetar a política do Banco Central, revertendo a redução da taxa de juros.

Os alimentos podem contribuir ainda para o aumento dos preços dos aluguéis, porque a inflação dos alimentos é captada pelo IGP-M, que é usado para reajustar contratos de aluguel, dentre outras coisas. O risco do custo dos alimentos foi suficiente para acender o alerta amarelo no governo, mas ao mesmo tempo demonstra que o governo não sabe o que fazer.

Bolsonaro apelou para duas saídas inócuas, primeiro pediu patriotismo e depois lucro zero aos donos de supermercados, o general Mourão chegou a atribuir a alta dos preços ao auxílio emergencial e o presidente da associação dos supermercadistas sugeriu que as pessoas comam macarrão. A ministra da Agricultura disse que o governo não interviria, depois demonstrou surpresa com as notícias sobre intervenção e depois ela mesma defendeu as medidas para o controle do preço.

Ao fim e ao cabo, o Ministério da Justiça notificou supermercados e produtores, o ministério da Economia decidiu zerar a tarifa de importação para o arroz em casca e beneficiado e já tem estabelecimento limitando a compra de arroz por cliente, temendo o desabastecimento. Sinal da confusão com que o governo trata mais esta questão, o Ministério da Economia chamou a Justiça às falas pela notificação dos supermercados

4. Cair atirando. Em tempos melhores para a Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol comemorou um apoio do novo presidente do STF como um “In Fux We trust”. Agora, o mandato de Luiz Fux é uma espécie de última esperança para uma operação combalida nos últimos meses pela ação de Augusto Aras e pela segunda turma do STF. Mas, principalmente, pela soberba e sucessão de erros de seus dois principais ícones, Deltan e Sérgio Moro.

De agosto para cá, a operação sofreu mais três novos reveses: uma das sentenças de Moro foi anulada, Deltan pediu seu afastamento e sete procuradores da operação em SP também saíram. Talvez por isso, a ação da Operação no Rio de Janeiro possa ser entendida como o Canto do Cisne ou a tentativa desesperada de manter a sua importância, atirando para todo lado.

O juiz bolsonarista Marcelo Bretas expediu 50 mandados de busca e apreensão em endereços de advogados, em investigação sobre desvios de recursos da Fecomércio-RJ, incluindo os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, defensores de Lula, e Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro. Na casa de Zanin, a PF levou a única cópia que os advogados de Lula tinham dos grampos telefônicos de seus escritórios feitos pela Lava-Jato de Curitiba. Numa tentativa de demonstrar força ou de cair atirando, a Operação mirou, desta vez, nos advogados e no filho do recém-empossado presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins.

A ação teve todas as marcas do lavajatismo: muita exposição midiática, abuso de poder e ilegalidades. Mas pode ter efeitos colaterais. as ações comandadas por Bretas tumultuaram o já caótico cenário do Rio de Janeiro: nesta semana, em que os dois principais candidatos à prefeitura, Eduardo Paes, por indícios de corrupção relacionados à campanha de 2012, e o prefeito Crivella foram alvos de operações, enquanto o Secretário estadual de Educação foi preso nesta sexta (11), numa operação que também investiga a ex-secretária Cristiane Brasil.

As ações da Lava Jato carioca despertaram reações da advocacia contra o lavajatismo, que afirmam que Bredas não tem competência para ações penais que envolvem o Sistema S, que seriam da justiça estadual, e apostam que os processos devem ser de responsabilidade automática de Gilmar Mendes, relator de diversos recursos contra a Lava Jato do Rio e opositor frequente dos abusos da Operação.

5. O campeão voltou? Desde 2016, a esquerda vem acumulando derrotas e se colocando na defensiva diante do enfraquecimento e desorganização de suas bases sociais. A dúvida seria, avalia Alon Feuerwerker, se as eleições de 2020 representarão apenas o epílogo da desagregação da antiga “frente democrática” que construiu a Nova República ou se já trarão pelo menos sinais embrionários das alianças para 2022.

Neste contexto, a esquerda pode ter ganho um reforço de peso no 7 de setembro. Dez meses depois de sua saída de Curitiba, um Lula apareceu “reinventado, mas ressurgido em sua essência”, na definição de Helena Chagas: o político capaz de se identificar com o sentimento da maioria dos deserdados e se comunicar com essas pessoas, enquanto Bolsonaro fazia uma exaltação à ditadura militar em seu pronunciamento oficial. Com um discurso marcado pela frase de que as pessoas não querem comprar revólver, mas comida, Lula conseguiu “viralizar” nas redes sociais.

Como demonstra uma consultoria de redes sociais, o discurso de Lula conseguiu ao menos rivalizar com o pronunciamento oficial, um dado relevante considerando que sua presença na internet está ainda muito atrás de Bolsonaro, vencendo a disputa em plataformas como o YouTube e o Facebook. E o fator preponderante, de acordo com a análise, não é somente a figura de Lula, mas fundamentalmente o tema da economia e da alimentação. Tanto é que quem ganhou mesmo a disputa da audiência nas redes sociais foi o deputado do Avante de Minas Gerais, falando sobre auxílio emergencial e inflação dos alimentos.

Ainda assim, a postura de Lula parece ter impulsionado o próprio PT, que pretende reaglutinar militantes e movimentos populares com o anúncio em breve de um plano de reconstrução do país, com saídas da crise sanitária e econômica. Para Thomas Traumann, Lula voltou à cena não necessariamente para ser candidato em 2022, mas para ser protagonista, tentando minimizar os impactos de eventuais derrotas petistas nas grandes capitais e da perda de terreno no Nordeste.

6. O governo das tragédias ambientais. Se o jogador que faz três gols numa partida pede música no Fantástico, o presidente que negligencia sobre três grandes tragédias ambientais faz o quê, pede a marcha fúnebre no programa Sílvio Santos? Fez um ano que o litoral do Nordeste começou a ser tomado por petróleo, com manchas que foram avistadas do Maranhão ao Rio de Janeiro e afetaram o turismo, a pesca e a saúde dos pescadores, sem que até agora tenham sido apontados culpados ou aplicadas multas.

A ausência de respostas segue a lógica do governo Bolsonaro para questões ambientais: negar o fato, apontar culpados e, por fim, contrariar a ciência, aponta o pesquisador da UFPE Cristiano Ramalho, e acrescentaríamos também a negligência em responsabilizar os verdadeiros culpados. A mesma lógica foi empregada durante o surto de queimadas na Amazônia, região que volta a bater recorde no número de focos de incêndio, e estamos verificando agora na postura do governo federal com relação às queimadas recorde no Pantanal. O número de focos de incêndio registrado na região entre janeiro e agosto deste ano equivale a tudo o que queimou no bioma nos seis anos anteriores.

Em outras palavras, são 10.153 focos de incêndio no Pantanal em 2020 contra 10.048 entre 2014 e 2019. Nestes oito meses de 2020, o fogo já havia queimado 12% do Pantanal (uma área de mais de 18 mil quilômetros quadrados, ou 12 vezes a cidade de São Paulo). Como já falamos em edições passadas, os incêndios no Pantanal são resultado de uma combinação de fatores que vão desde a seca prolongada à já tradicional falta de coordenação dos órgãos ambientais, passando pela redução drástica em 55% de fiscais desde 2014.

Mas o pontapé, é claro, é dado pelas queimadas para a abertura de pastagem para o gado, repetindo a tragédia da Amazônia e explicando mais uma vez a negligência do governo em responsabilizar aquela que é sua própria base social. Além da permissividade com o bolsonarismo no campo, é preciso notar que o avanço da devastação se dá em paralelo ao crescimento da militarização ambiental: o governo quer manter até 2022 as ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que colocam as Forças Armadas na linha de frente do “combate” às queimadas e ao desmatamento na Amazônia, ao mesmo tempo em que Mourão fala abertamente em liberar a mineração em terras indígenas.

Neste contexto, a morte nesta semana, no município de Seringueiras (RO), de Rieli Franciscato, um dos maiores sertanistas atuando com grupos de indígenas isolados na Amazônia, é um símbolo do desmonte dos órgãos governamentais e o crescente clima de tensão na região, como mostra esta reportagem do site Amazônia Real. Franciscato foi alvo de uma flechada desferida pelos indígenas isolados, que provavelmente estão se deslocando na região devido a pressão de invasores e que obviamente não sabiam se o sertanista era um amigo ou um inimigo.

7. Alguém falou em pandemia? Na esteira da calmaria de Brasília, Bolsonaro recebeu uma youtuber mirim numa reunião com ministros na terça (8). Na ocasião, o ministro interino da Saúde prometeu que a partir de janeiro o Brasil “comece a vacinar todo mundo”, o que é mais uma absoluta irresponsabilidade do governo, considerando que a vacinação em massa deve demorar muito mais, como alertou a própria OMS esta semana.

Além de irresponsável, a promessa é contraditória com a postura antivacina que Bolsonaro resolveu adotar, provavelmente mantendo a linha de desinformação e teorias da conspiração que caracterizam os governos de extrema-direita. O Brasil vem tendo dias em sequência de queda na média móvel de mortes por dia, ainda que este dado deva ser lido com cautela, até porque a taxa de transmissão do vírus voltou ao nível de descontrole. De qualquer maneira, a quarentena acabou, como se vê nos bares e nas praias.

Governos estaduais têm autorizado paulatinamente o retorno das escolas, mas o exemplo de Manaus, onde as escolas voltaram no começo de agosto e os casos de Covid-19 estão reacelerando, é o sinal óbvio do que pode acontecer no resto do Brasil, até em razão da falta de infraestrutura e pessoal para o cumprimento dos protocolos de segurança, situação que tem sido registrada em diversos estados. Isso sem falar na impossibilidade de se evitar o contato entre as crianças, algo inevitável e que faz parte do cotidiano das escolas.

Tragédia das tragédias, no Espírito Santo o protocolo para a retomada das aulas inclui até mesmo um artigo sobre a realização de despedidas em caso de mortes de alunos e professores. É o caminho que estamos trilhando, na linha de que a pandemia já passou. Por outro lado, a questão não é simples e a realidade já mostrou que o lema “fique em casa” é ignorado pela maioria da população: como, por exemplo, resolver a situação das mães que precisam trabalhar e não têm escola para deixar os filhos?

7. Ponto Final: nossas recomendações de leitura

Renda básica e moeda social digital: a experiência de Maricá. Pesquisadores da FGV, Lauro Gonzalez e Eduardo Diniz escrevem sobre como os programas de transferência de renda da prefeitura de Maricá são exemplos para enfrentamento da pobreza e discussão de uma renda básica.

Na pandemia, 42 brasileiros lucraram mais do que todo o custo do auxílio emergencial. O Brasil de Fato detalha a pesquisa da Oxfam que revelou como os 42 bilionários brasileiros aumentaram sua riqueza em mais de R$ 180 bilhões na pandemia.

Farmacêuticas na bolsa, para o alto e avante. Na Época, João Sorima Neto escreve sobre como a busca por vacina para Covid-19 estimula a especulação nas bolsas com a indústria farmacêutica, enquanto Trump também investe pesado em algumas empresas.

Eu faço uma aposta com Fux. Na Folha, Conrado Hubner Mendes lembra os traços rentistas e dinásticos de Luiz Fux e aposta em cinco temas que a corte não irá tratar na sua gestão: porte de drogas, estado de coisas inconstitucional nas prisões, interrupção da gravidez, juiz das garantias e decreto das armas.

Como era viver na inflação galopante. A alta do preço dos alimentos faz o jornalista Marcelo Soares relembrar sobre o período da hiperinflação do governo Sarney.

Com mais armas do que pessoas, EUA é panela de pressão prestes a explodir. A partir do cenário de armamento da população e extremismo político nos EUA, Kennedy Alencar alerta para os riscos da reprodução desta política no Brasil.

Mortes por cólera e golpe eleitoral: o rastro da missão brasileira no Haiti. O Brasil de Fato entrevista Ricardo Seitenfus, representante especial da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti entre 2009 e 2011, para discutir as consequências da presença brasileira no Haiti, três anos após a retirada das tropas.

Americano do Projeto Veritas, que atua para desacreditar a mídia, encontra bolsonaristas no Brasil. Reportagem do Estadão sobre a turnê brasileira do ativista de extrema-direita americano que ataca a imprensa, criando situações para filmar e depois editar de forma seletiva conversas informais de jornalistas.

Obrigado por nos acompanhar até aqui. Boa semana e continue recomendando a inscrição na newsletter aos seus contatos!

Edição: Rodrigo Chagas