O número de mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 138.977 nesta quarta-feira (23). Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, desde a terça-feira (22) foram registrados 869 óbitos. Em coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde confirmou que a trajetória de queda nos casos fatais foi interrompida na semana que se encerrou em 19/09. Houve aumento de 6% em relação à semana anterior.
Ainda de acordo com a pasta, o total semanal de casos também aumentou no período. A variação foi de 10%. O número de infectados no Brasil, desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, é de 4.624.885. Nas 24 horas entre terça (22) e quarta-feira (23), 33.281 pessoas receberam a confirmação de que estão com a covid-19.
:: 137 mil óbitos: Brasil não manteve queda de mortes e casos da covid-19 ::
Situação nos estados
Em números absolutos de infectados, São Paulo (951.973 casos) e Bahia (299.415) são os estados com resultados mais expressivos. São Paulo é ainda o primeiro no total de casos fatais (34.492 óbitos). Na sequência está o Rio de Janeiro (17.911 óbitos), que tem também a mais alta taxa de letalidade país. No estado, o índice que mede a relação entre o número de pessoas infectadas e o total de óbitos é de 7%. Mais que o dobro da média nacional de 3%.
:: Veja como cada estado vem lidando com a covid ::
Já na análise da taxa de mortalidade, o Distrito Federal é o que tem situação mais crítica. O dado diz respeito ao número de habitantes da região e a quantidade de mortes registradas no local. A capital federal tem 103,8 óbitos a cada 100 mil habitantes. O DF tem a segunda maior incidência de casos por 100 mil pessoas do país, atrás apenas de Roraima.
Vale ressaltar que todas as regiões com números mais críticos estão em processo de flexibilização da quarentena.
Mais pobres têm menos acesso a testes
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 17,9 milhões de pessoas no Brasil fizeram algum tipo de exame para detectar o coronavírus em agosto no Brasil. Isso significa cerca de 8,5% da população. No mês anterior, o índice era de 6,3% dos brasileiros. Apesar do aumento, o país ainda ocupa a 81ª posição na lista de nações que mais realizam testes a cada um milhão de habitantes e a população mais pobre é a que tem menos acesso.
Entre as pessoas com rendimento domiciliar de mais de quatro salários mínimos por pessoa, 21,7% fizeram o teste. Para os que recebem até meio salário mínimo per capital, o índice despenca e fica abaixo de 5%. Distrito Federal (19,4%), Piauí (14,4%) e Roraima (12%) foram as unidades da federação que mais disponibilizaram exames.
Vacina chinesa tem poucos efeitos adversos
Segundo informações do governo do estados de São Paulo,não foi registrado nenhum efeito colateral em 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que receberam a Coronavac. O imunizante está em desenvolvimento no laboratório chinês Sinovac, que tem parceira com o Instituto Butantan. Os testes indicaram sintomas de grau baixo em pouco mais de 5% dos participantes. 0,21% dos voluntários relataram febre moderada, 1,53% disseram sentir fadiga e 3,08% tiveram dor no local da aplicação.
Na China, os estudos contam 24 mil voluntários. No grupo estão mais de 420 idosos e, segundo o governo de São Paulo, a resposta imunológica dessa população gira entre 98% e 99%. No Brasil ainda não há dados sobre os índices de imunização, mas as doses devem ser aplicadas em cerca de 13 mil participantes dos testes. Os resultados finais devem ser divulgados até novembro.
O que é o novo coronavírus?
Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Rodrigo Chagas