Na última sexta-feira (25), a Procuradoria Geral da República (PGR), pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF), apure se o ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, cometeu crime de homofobia ao afirmar, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que "não concorda" com quem "opta por ser homossexual", e associar a homossexualidade a "famílias desajustadas".
Após repercussão crítica à sua fala, o ministro pediu perdão e afirmou: "Naturalmente eu tenho minha liberdade também de opinião (...) Como pastor eu tenho minhas próprias convicções, mas, como ministro de Estado, eu sou ministro de todos".
"Essa desculpa não diminui em nada o impacto do que ele fez. A população LGBTQIA+ não aceita e não caiu nessa mentira, essa desculpa esfarrapada. Se o ministro fala isso, obviamente os operadores da área de Educação, que também se movimentam pelo ódio, podem aplicar isso, e transformar esse espaço, que deve ser da inclusão, num espaço da perseguição", disse a presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Symmy Larrat, em entrevista ao vivo no Jornal Brasil Atual Edição da Tarde.
Nesta segunda-feira (28), o jornal também recebe ao vivo o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), para falar sobre a extinção, determinada pelo ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, de regras ambientais que protegiam áreas de manguezais e restinga.
Tatto foi um dos parlamentares que recorreram à Justiça para tentar cancelar a reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), presidido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e que previa a revogação das resoluções 302 e 303, de 2002, que visam proteger mangues e restingas.
"Não nos surpreende a ação do governo, porque nós sabemos que nem o ministro Salles, nem o governo Bolsonaro, nem esse setor do agronegócio têm interesse em defender o meio ambiente", disse Tatto.
"O que assusta é a decisão do juiz: nós entramos com uma ação para anular a decisão, amparados no princípio da precaução, do cuidado, como já há tratamento técnico e científico mostrando que [essas medidas] fazem mal para o meio ambiente, mal para a saúde das pessoas, a Justiça deveria anular, e ela simplesmente tomou uma decisão nessa primeira instância, assegurando 'presunção de legitimidade dos atos administrativos', ou seja, dizendo que o governo Bolsonaro pode tomar as decisões administrativas de um conselho que foi remontado pra poder atender aos interesses anti-ambientais, tanto do ministro Salles como do próprio governo Bolsonaro", criticou o deputado federal.
Confira todos os destaques e informações completas no áudio acima.
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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.
Edição: Mauro Ramos