São Paulo – Depois de cinco anos de investigações, a Lava Jato finalmente reconheceu a legalidade das palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em uma sentença assinada pela juíza Gabriela Hardt, da Justiça Federal do Paraná, no último dia 24, a magistrada diz que foram legais as 23 palestras de Lula a empreiteiras investigadas na Lava Jato. “Não houve comprovação de que os valores bloqueados possuem origem ilícita. Deve-se presumir sua licitude”.
Hardt é a juíza que condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia e que escreveu sua sentença a partir de um “Control C, Control V” na sentença do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, no caso do tríplex do Guarujá.
Perseguição a Lula
Segundo notícia divulgada nesta sexta-feira (2) pelo site da revista Veja, da Editora Abril, que sempre perseguiu Lula, Hardt admitiu “ausência de prova suficiente” de crime no recebimento dos valores pelo ex-presidente. A magistrada autorizou a liberação de metade dos R$ 9,3 milhões que estavam bloqueados em uma conta do ex-presidente. A decisão foi dada no âmbito do processo que analisa o espólio da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
“A justificativa para manter-se o bloqueio da integralidade dos ativos financeiros de Luiz Inácio Lula da Silva baseava-se na suspeita da prática de crimes envolvendo as palestras ministradas pelo ex-presidente. Todavia, a autoridade policial concluiu não haver indícios nesse sentido, com o que concordou o MPF. Por tais motivos, o bloqueio integral de tais valores não mais se sustenta”, escreveu Hardt.
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