Nesta quarta-feira (7), Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, foi à Justiça Eleitoral denunciar um golpe aplicado no Facebook por um perfil falso que induz eleitores a doarem dinheiro para a campanha. Em troca, o doador participaria de um “sorteio em dinheiro.”
O perfil utilizado para o golpe tinha a mesma foto e identidade visual da campanha de Boulos. Quando o eleitor clicava no link para doar, era direcionado para uma página onde poderia efetuar o depósito, que nunca chegará até a conta da campanha do candidato do PSOL.
Na página onde o eleitor é induzido a fazer o depósito, há um anúncio de que os primeiros 300 que fizerem a contribuição, concorrerão a um sorteio de € 1 mil (euros). O perfil falso interagia com os seguidores de Boulos utilizando expressões comuns à campanha.
Leia também: Em SP, eleição começa sem bolsonarista declarado e com esquerda dividida
A página para doação já saiu do ar. O perfil falso no Facebook agora é o endereço de Tulus Doke, um suposto usuário da Indonésia. “Caberá ao Ministério Público a análise dos fatos e a tipificação das condutas narradas para fins de imputação de sanções de natureza penal (pelo crime de falsidade ideológica eleitoral e por outros delitos comuns, como estelionato)”, afirmam Francisco Octávio de Almeida Prado e Laís Rocha Bertagnoli Loduca, advogados de Boulos, no texto da representação.
A campanha de Boulos solicitou que à Justiça Eleitoral que o Google e Facebook suspendam imediatamente as páginas e identifiquem dos IPs utilizados para criar e acessar o perfil falso que aplicava o golpe utilizando o nome do candidato do PSOL.
Edição: Rodrigo Chagas