A campanha “Tributar os Super-Ricos” busca apoio popular para a votação no Congresso Nacional de oito propostas legislativas para tributar os 0,3% mais ricos da população brasileira e estima que, com essas medidas, seja possível uma arrecadação de R$ 290 bilhões por ano no país.
O conjunto de propostas foi apresentado em agosto deste ano visando elevar a tributação sobre grandes fortunas e patrimônios e desonerando a classe trabalhadora e as pequenas e micro empresas.
O movimento pela tributação dos mais ricos ganha cada vez mais força diante do aumento recorde de desempregados devido crise econômica intensificada pela pandemia de covid-19.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio e setembro, o número de pessoas em busca de emprego no mercado de trabalho aumentou 43%, atingindo 14 milhões de brasileiros.
Por outro lado, a pandemia fez com que os 42 únicos bilionários do país engordassem sua riqueza em US$ 34 bilhões (mais de R$ 180 bilhões), segundo o relatório Poder, Lucros e Pandemia, produzido pela organização Oxfam, em setembro.
“O momento dramático que estamos vivendo, de uma crise profunda na área sanitária, que já contabiliza mais de 150 mil mortes, e na queda da atividade econômica, que já ultrapassa a casa dos 10%, impõe a necessidade de construir alternativas urgentes”, defendem as entidades da campanha em nota.
As medidas foram elaboradas pelas organizações Instituto Justiça Fiscal (IJF), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES), Delegacias Sindicais do Sindifisco Nacional, Auditores Fiscais pela Democracia (AFD) e Movimento Contra as Reformas do Rio de Janeiro (MovRio).
Edição: Leandro Melito