Até essa quarta-feira (21), os irmãos Eugênio Mattar e Salim Mattar, fundadores e sócios da Localiza, são os maiores doadores de campanha do Brasil. Somados, os parentes já despejaram R$ 2,5 milhões em candidaturas.
Salim Mattar, ex-secretário de Desestatização do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) – ele pediu demissão em 11 de agosto deste ano –, doou R$ 1,3 milhão para campanhas espalhadas por todo o país. Ao todo, 110 candidaturas receberam dinheiro, 70 delas, do partido Novo.
Entre os 110 beneficiários da generosidade de Salim, oito são candidatos às prefeituras, dois deles em Recife (PE), e outros seis em São Paulo (SP), São Leopoldo (RS), Campo Grande (MS), Jundiaí (SP), Campina Grande (PB), Pomerode (SC).
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A maior doação de Salim foi para Mendonça Filho (DEM), candidato à prefeitura de Recife (PE), que recebeu R$ 200 mil. Na capital pernambucana, a campanha de Charles Maroun (Novo) também foi beneficiado, mas com um valor menor, R$ 10 mil.
Chama a atenção a doação feita para dois dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), o vereador paulistano Fernando Holiday (Patriota), que tenta a reeleição, e recebeu R$ 35 mil. Além de Arthur do Val (Patriota), candidato à prefeitura de São Paulo, que ganhou R$ 25 mil.
Novo em Belo Horizonte
Eugênio Pacelli Mattar investiu R$ 1,2 milhão nas eleições. Porém, ao contrário do irmão, preferiu focar em poucas candidaturas. O principal eleito foi Rodrigo Paiva (Novo), candidato à prefeitura de Belo Horizonte, que recebeu R$ 1 milhão, pagos em duas parcelas de R$ 500 mil, a primeira depositada em 22 de setembro e a segunda em 1º de outubro.
Chama a atenção que a aposta de Mattar em Belo Horizonte, Rodrigo Paiva, nunca deslanchou nas pesquisas. No último levantamento feito pelo Ibope, divulgado no último dia 15 de outubro, mostra o candidato do Novo com apenas 1% das intenções de voto, distante dos 59% do atual prefeito, Alexandre Kalil (PSD).
Os outros quatro candidatos que receberam dinheiro de Eugênio em Belo Horizonte disputarão a vereança e todos são do Novo, são eles: Cristiana Miglio Kumaira Pereira, Marcela de Paula Batista, Lucas Pitta Maciel e Fernanda Elisa Pereira Altoe. Cada um recebeu R$ 50 mil do empresário.
Se os quatro candidatos apoiados por Eugênio Mattar forem eleitos, o empresário teria influência sobre 9% da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte, que tem 41 vagas.
Edição: Rodrigo Chagas