Desde o golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, o movimento sindical vem sendo perseguido e enfraquecido dentro de um projeto de precarização das condições de trabalho. O que acabou fragilizando também o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico (Dieese), que faz, desde 1955, pesquisas, assessoria e cursos para sindicatos e outras entidades de trabalhadores.
Em entrevista para o programa “Quarta Sindical”, parceria do Brasil de Fato Paraná e CUT-PR, o coordenador do Dieese no estado, Pablo Diaz, e o economista Sandro Silva falaram sobre a campanha de financiamento que vem sendo feita para garantir a continuidade de seus trabalhos.
Diaz destacou a importância da instituição. “Governos sempre tendem, por interesses próprios, a manipular dados. Como falar em inflação de 3% com a ampliação do preço do arroz no supermercado? Em função da necessidade de ter contraponto técnico, baseado em estudos estatísticos, o movimento sindical viu a necessidade de criar uma instituição para atender ao trabalhador. Ele precisa saber o quanto custa a cesta básica. Um salário digno representa uma vida digna. O Dieese foi criado, justamente, para produzir essas pesquisas”, afirmou.
Além de pesquisas e estudos, o Dieese também atua na área de formação. “Foi criada recentemente a Escola Dieese, em que ofertamos cursos de graduação, pós-graduação na área de economia, sindicalismo e trabalho. Além disso, há diversos cursos de extensão”, explica Silva.
Na campanha de financiamento voluntária, às entidades filiadas é solicitado aporte de “uma 13ª mensalidade e a divulgação da campanha, e, aos não sócios, uma contribuição, que dará acesso a diversos serviços. Também aceitamos colaborações de pessoas físicas”, diz o Dieese em seu material de divulgação.
Para contribuir com o Dieese
Depósito identificado por CNPJ ou CPF
Banco do Brasil
Agência 3320-0
Conta corrente 6333-9
CNPJ 60.964.996/0001-87