Pesquisadores do Instituto Venezuelano de Investigação Científica (IVIC) anunciaram, no último domingo (25), a descoberta da molécula DR10, que "é capaz de inibir 100% a ação do vírus sars-cov2" em estudo in vitro.
"Vamos estabelecer alianças internacionais para a produção massiva desta molécula e oferecer à escala mundial como uma cura para o vírus", declarou o presidente Nicolás Maduro ao anunciar a descoberta.
Os cientistas venezuelanos anunciaram que já possuem um relatório químico e biológico completo da molécula, que estará à disposição de colaboradores científicos internacionais.
A partícula, derivada do ácido fólico, foi extraída de uma planta usada também para combater a hepatite C, o ebola e o vírus do papiloma humano (HPV). Os testes já duram 6 meses e agora é preciso autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avançar para as novas etapas de provas.
De acordo com a ministra de Ciência e Tecnologia, Gabriela Jimenez as células contaminadas com o novo coronavírus foram expostas a diferentes concentrações da molécula DR10, quando se confirmou sua capacidade de inibir a reprodução do vírus que causa a covid-19.
A Venezuela é um dos países com melhores taxas de contenção da covid-19 na América Latina. De março até 25 de outubro, foram contabilizados 89.565 infectados, 94% já recuperados da doença e 773 falecidos, segundo dados oficiais.
Na busca por tratamentos alternativos à infecção gerada pelo novo coronavírus, além de aplicar o plasma sanguíneo de pacientes recuperados como forma de inibir o avanço da doença em pacientes em estado moderado, o governo bolivariano também começou a testar tratamento com ozônio.
No último domingo (25), o presidente Nicolás Maduro anunciou que esse tratamento será oferecido gratuitamente em todos os Centros de Diagnóstico Integral (CDI) do país.
Edição: Leandro Melito