O contraventor Fernando Ignacio Miranda, assassinado na tarde desta terça-feira (10) no Rio de Janeiro (RJ), foi alvo de busca e apreensão em uma ação contra o Escritório do Crime em junho deste ano.
O Escritório do Crime é uma milícia que atua na zona oeste da cidade, e vários de seus membros têm ligação com a família Bolsonaro.
O assassinato de Miranda ocorreu em um heliporto da empresa Heli-Rio. Informações preliminares dão conta de que o contraventor estaria retornando de uma viagem a Angra dos Reis e foi surpreendido por um grupo de atiradores armados com fuzis.
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Uma fotografia que circula nas redes sociais desde o início da tarde indica que Miranda estava próximo de uma garagem de automóveis quando foi atingido na cabeça.
Fernando Ignacio Miranda é genro do bicheiro Castor de Andrade, apontado como o segundo homem mais rico do Brasil nos anos 1980, que faleceu após um infarto em 1997. O contraventor assassinado nesta terça travava há décadas uma disputa pelo espólio do sogro com Rogério de Andrade, sobrinho do bicheiro.
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Na ação contra o Escritório do Crime em junho, um imóvel que pertence ao contraventor foi alvo de busca e apreensão. Miranda é suspeito de pagar o grupo de extermínio pelo assassinato de um rival conhecido como Andinho.
A Delegacia de Homicídios está no local e investiga o caso.
Edição: Leandro Melito