O voluntário de 33 anos que morreu durante o período de testes da Coronavac cometeu suicídio. A informação foi revelado no início da tarde desta terça-feira (10) pelo Jornal da Tarde, em parceria com a TV Cultura.
A morte do homem fez com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinasse a interrupção da avaliação da vacina.
Desde a última segunda-feira (9), a Anvisa tratou a morte como “evento adverso”, ou seja, que não tem relação com os efeitos da Coronavac, que está sendo produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
A interrupção da vacina foi recebida em São Paulo como uma ação política do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que celebrou a paralisação e afirmou que “ganhou mais uma” do governador João Doria (PSDB).
Na coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na manhã desta terça-feira, Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, estava irritado com a interrupção dos testes.
“Uma notícia que causa surpresa, insegurança e indignação, porque o processo da forma como aconteceu poderia ter sido diferente. O Butantan tem 119 anos de história. Cerca de 80 milhões de pessoas tomaram vacina esse ano do Butantan sem nenhum problema", afirmou.
A interrupção dos testes foi anunciada no dia que o governo de São Paulo anunciou a chegada de 120 mil doses durante o mês de novembro no estado.
No mesmo dia, o Ministério da Saúde (MS) informou que analisa a possibilidade de compra de todas as vacinas em estudo avançado, inclusive a do laboratório Pfizer. Segundo a fabricante, a substância teria apresentado 90% de eficácia.
Edição: Leandro Melito