O domingo (15) de eleição começou cedo para os candidatos do campo progressista em Porto Alegre (RS). Manuela D’Ávila (PCdoB), que lidera as pesquisas de intenção de voto, e Fernanda Melchionna (Psol), por exemplo, tiveram agendas ainda antes das 8 horas.
Manuela acompanhou o voto do ex-prefeito da capital gaúcha e ex-governador Olívio Dutra (PT), e, na sequência,votou em um colégio na zona leste da capital, além de acompanhar o voto de Miguel Rossetto (PT), seu candidato a vice. Já Melchionna tomou café da manhã com membros do partido, antes de votar com seu candidato a vice, Márcio Chagas.
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Cerca de mais de um milhão de eleitores porto-alegrenses estão aptos a votar, sendo 55% mulheres. A capital gaúcha tem o maior colégio eleitoral do estado, e para as eleições deste ano um número expressivo de candidatos, sendo 12 no total. Entre estes, três mulheres.
Combate às desigualdades
Com uma agenda apertada na parte da manhã, a coordenação da campanha de Manuela D´Ávila comentou com o Brasil de Fato RS sobre o balanço da campanha e a expectativa para o dia da votação. Segundo a candidata, a população entendeu que o programa apresentado pela campanha vai privilegiar o combate às desigualdades, a recuperação da economia e o dinamismo econômico.
Um ponto central a ser enfrentado é a questão da pandemia. “Vamos trabalhar, disputar para garantir a vacina, tão logo a gente tenha uma primeira vacina habilitada ela possa estar servindo aos Porto Alegrenses. Vamos trabalhar muito para recuperar o ano perdido no campo da educação”, afirmou.
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Segundo ela, o primeiro turno foi relativamente tranquilo perto do que poderá acontecer num eventual segundo turno. “Estamos muito seguros de que com o apoio que vamos alcançar no primeiro turno se vai criar uma adesão, uma expectativa de vitória que iniba gestos de violência. Infelizmente estamos acostumados com esse clima de tensionamento, mas a ideia é focar na disputa política, sobre quem tem o melhor programa, a melhor proposta. Estamos preparados para o que der e vier”, afirmou a candidata do PCdoB.
D´Ávila espera que um eventual segundo turno seja mais propositivo. “O último debate foi muito difícil. Não foi o primeiro em que fui atacada, mas a violência vai se acumulando”, destacou.
Em entrevista para a imprensa, a candidata comentou sobre as medidas a serem adotadas em um primeiro momento, caso eleita. Entre eles estão um projeto que não aplique aumento para o IPTU de 2021; Fome Zero Municipal; geração de trabalho e renda e garantia de que as crianças estejam nas escolas. “A medida que as crianças são vulnerabilizadas, mais as mulheres ficam distantes do mercado de trabalho”, defendeu.
O candidato do PSTU, Júlio Flores, também teve agenda partidária antes de realizar seu voto na Fundação Pão dos Pobres.
"Fizemos uma campanha difícil, com duas grandes limitações: a primeira, imposta pela democracia dos grandes capitalistas, foi a nossa não presença nos debates. Segundo, a pandemia, que nos forçou a fazer as atividades sempre com protocolos de segurança, que decidimos seguir à risca. Temos sinais de uma segunda onda de contaminações na Europa e nos Estados Unidos e tudo indica que também teremos aqui em Porto Alegre", afirmou.
Já a candidata do PDT, Juliana Brizola, realizou agendas com veículos de comunicação e votou cedo.
Pelotas e Rio Grande
O clima entre as candidaturas é de tranquilidade, após a conclusão do primeiro turno de um processo eleitoral atípico, devido o momento da pandemia. O sentimento foi bem representado pela fala de alguns candidatos do interior ouvidos pelo Brasil de Fato. Ivan Duarte, candidato do PT à prefeitura de Pelotas, encerrou a campanha ontem no bairro Navegantes: "Fomos muito bem recebidos, a gente percebe que o nosso recado foi bem assimilado, estamos muito confiantes de ir para o segundo turno. Nossa candidatura representou o outro lado dessa política fascista, racista e machista, que se instalou no país".
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Também no sul do estado, em Rio Grande, Darlene Pereira (PT), candidata a prefeita pela Frente Popular, agradeceu a todos que a acompanharam na caminhada da campanha, especialmente as mulheres, que foram muito importantes no processo. Após 8 anos de governos do PT na prefeitura da cidade, ela tenta dar continuidade à gestão e se eleger como a primeira mulher a ocupar o cargo.
"Fizemos uma campanha diferente, enfrentamos uma pandemia , uma crise econômica e um desgoverno federal. Tivemos que trabalhar muito para buscar alternativas. Em Rio Grande representamos mais um ciclo de governo que tenta levar para a comunidade a esperança e mostrar que são os governos de esquerda que se importam com as pessoas. Recebemos muito carinho das pessoas e da nossa militância", afirmou.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Rogério Jordão e Katia Marko