No último domingo (15), os venezuelanos, assim como os brasileiros, foram convocados às urnas, mas neste caso, para uma simulação do processo eleitoral do dia 6 de dezembro. Este é o segundo exercício prévio à eleição da nova Assembleia Nacional e registrou maior participação que o primeiro, segundo declarações de diretores do poder eleitoral. Na simulação de 25 de outubro cerca de 30% do eleitorado participou.
Em dezembro serão eleitos 277 deputados nacionais, 48% por voto nominal e 52% por uma lista elaborada por cada partido. Mais de 14 mil candidatos, 90% opositores, disputam o pleito.
Nesta simulação novamente foram instalados 381 centros de votação e 941 mesas eleitorais em todo o território nacional. A proposta é de que a cidadania conheça a nova urna eletrônica e assim diminua o tempo de votação e riscos de aglomeração no dia 6 de dezembro.
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"Ratificamos nosso agradecimento pelo comportamento cívico das eleitoras e eleitores e o desempenho exemplar de coordenadores de centro, membros de mesa, técnicos e demais membros do poder eleitoral", declarou a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Indira Alfonzo.
O presidente Nicolás Maduro também classificou de "exemplar" o exercício cívico do povo venezuelano.
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Para apoiar a logística e garantir a segurança, 70 mil militares trabalharam no operativo, de acordo com o chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (Cefoanb), Remígio Ceballos.
"Na Venezuela a soberania se exerce através do voto livre e democrático, como estabelece a Constituição. Continuaremos com todas as atividades enquanto o CNE ordene", afirmou Ceballos.
Por conta da pandemia, o Estado venezuelano adotou uma série de medidas de biossegurança, como a instalação de cabines de desinfecção nas zonas eleitorais, obrigatoriedade de uso de máscara e cumprimento do distanciamento social. A Venezuela registra 97.352 casos, 90% já recuperados, e 851 falecidos, de acordo com dados oficiais.
Acompanhamento internacional
Há mais de um mês se encontra no país uma missão do Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina (Ceela) que firmou um acordo de acompanhamento do processo com as autoridades venezuelanas. Segundo o CNE, outros 300 observadores internacionais já se inscreveram para acompanhar o dia das eleições.
Além disso, o ministro de Relações Exteriores convocou especialistas e instituições eleitorais de todo o mundo para acompanhar de perto o processo eleitoral.
Hoy se realiza el segundo simulacro de votación, rumbo a las elecciones parlamentarias del 6D. Sugerimos a los pueblos, expertos e instituciones electorales del mundo, hacer seguimiento minucioso de nuestro proceso y sistema electoral; a su seguridad, transparencia y tecnología. https://t.co/UYf0xqZh6R
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) November 15, 2020
Edição: Rogério Jordão