O governador de São Paulo, João Doria anunciou, na segunda-feira (16), o adiamento da reclassificação do Plano SP, que estava marcado para o início da semana e falou em manter cautela, após aumento de 18% nas internações por covid-19, na última semana.
O infectologista Gonzalo Vecina diz ao Jornal Brasil Atual que a disseminação do vírus foi facilitada pela desativação de 65% dos hospitais de campanha em todo o Brasil, e o afrouxamento das medidas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a reabertura de comércios e bares.
O aumento de infectados causa preocupação entre especialistas e pesquisadores, tendo em vista a nova onda do vírus em países da Europa, entre eles, Itália, França e Alemanha.
Mesmo após esses países terem conseguido controlar a transmissão da covid-19, enfrentam agora uma segunda onda do coronavírus e estão retomando normas de restrição, toques de recolher e lockdowns.
A doutora Carolina Pastorin Castineira, coordenadora do Núcleo São Paulo da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia, avalia que o Brasil ainda se encontra na primeira onda de infectados pelo vírus. Segundo a médica, "só poderíamos falar em uma segunda onda, caso o país tivesse passado por uma queda exponencial de casos, o que não aconteceu".
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Edição: Mauro Ramos
