O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, subiu nove pontos percentuais em oito dias e agora, a três dias do segundo turno, aparece sete pontos atrás de Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição. É o que mostra pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (26) pelo jornal Valor Econômico.
O levantamento destaca que o tucano, que tinha 48% das intenções de voto na pesquisa anterior, continua com 48%. Já Boulos tinha 32% e avançou para 41%.
:: Nas eleições municipais, esquerda ensaia unidade e amadurece diálogo ::
Com essa diferença, ambos podem estar em empate técnico, no limite da margem de erro. Como a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais, ambos podem estar empatados em 44,5%.
“A virada continua, vencer depende da luta de cada um até domingo”, celebrou o resultado da pesquisa pelas redes sociais o candidato do PSOL.
Boulos cresceu entre os indecisos, enquanto Covas não avançou. Diante do crescimento do candidato do PSOL, o tucano também emitiu sinais de desespero e passou a pagar publicidade na internet para redirecionar as buscas sobre seu vice Ricardo Nunes, acusado de agressão à mulher, e também anunciou o pagamento de um auxílio-emergencial proposto por Eduardo Suplicy, do PT, a poucos dias das eleições.
Luta por moradia
A luta por moradia na cidade de São Paulo é uma das grandes frentes que dá força à candidatura do PSOL e está entre os fatores que podem explicar o crescimento de Boulos em nove pontos na nova pesquisa. Se eleito, o candidato pretende adotar um programa de moradia para a construção de 100 mil casas populares em regime de mutirão.
:: Gestão Doria-Covas chega ao fim com promessa de Censo dos Cortiços descumprida ::
A proposta de enfrentamento ao déficit habitacional foi apresentada durante o primeiro debate após o primeiro turno das eleições municipais, realizado pela CNN Brasil, em 16 de novembro.
“Vamos trazer de volta o programa de mutirões que foi criado quando minha vice, Luiza Erundina, foi prefeita de São Paulo. É possível construir em grande quantidade porque nesse sistema são as famílias que constroem suas casas, as construtoras são excluídas e tudo fica mais barato”, disse. “Moradia não é projeto eleitoral. Para mim é questão de vida”.