AÇÃO

Em MG, estudantes e servidores fazem ato em defesa de verba para educação

Fundação que financia pesquisadores em Minas vive hoje com 25% da verba que tinha em 2016

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
manifestação FAPEMIG
Os atos simbólicos foram realizados nas unidades do CEFET-MG em Belo Horizonte, Timóteo, Leopoldina e Araxá - Créditos: Reprodução

Nessa terça feira (24), estudantes, professores e técnicos administrativos de instituições de ensino de Minas Gerais se mobilizaram em defesa das universidades públicas e do fundo que financia pesquisadores no estado. Os atos simbólicos foram realizados em 10 unidades de institutos e do CEFET.

A mobilização é por conta do financiamento insuficiente que vem sofrendo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A FAPEMIG, hoje, executa um orçamento que equivale a 25% do que executava em 2016. Isso significou um corte de cinco mil bolsas de iniciação científica em fevereiro de 2019 e a interrupção de inúmeras pesquisas em andamento.

Os atos simbólicos foram realizados nas unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) MG em Belo Horizonte, Timóteo, Leopoldina e Araxá, nas unidades do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), em Ouro Preto e Juiz de Fora, na UEMG - campus de Ituiutaba, no IFNMG – campus de Salinas, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas.

Aconteceu também uma live que contou com depoimentos de mais de 20 participantes de diferentes segmentos das instituições de ensino e pesquisa mineiras.

Detalhes da reivindicação

Além de protestar contra a diminuição do investimento, as reivindicações vocalizadas nos atos são: cumprimento da Constituição Estadual, destinando à FAPEMIG 1% da receita corrente ordinária e garantia de que esse recurso, uma vez previsto no orçamento, seja de fato empenhado ao longo de 2021, pela possibilidade de utilização de recursos provenientes de renúncia fiscal por parte do governo; destinação de 1% da arrecadação para cada universidade estadual mineira, 1% para a UEMG e 1% para a UNIMONTES.

Os estudantes e profissionais afirmam que há recursos para esse investimento e que isso pode ser inserido na elaboração da peça orçamentária estadual, para 2021. Em que deputadas e deputados estaduais mineiros reduzam o percentual de desoneração fiscal em valor suficiente para recuperar o financiamento da FAPEMIG e das Universidades Estaduais.

Os organizadores dos atos afirmam que os parlamentares mineiros receberão mensagens solicitando o apoio para que as reivindicações sejam incluídas por meio de emendas ao orçamento.

Site irá criar painel de deputados

As atividades realizadas em 24 de novembro são parte das mobilizações lideradas pelo Inteligência Coletiva, ao qual se somam entidades sindicais docentes e de representação estudantil. A página do Inteligência Coletiva pretende criar um painel para divulgar quais deputados e deputadas apoiam as reivindicações. O grupo reforça que interessados podem se somar ao movimento, entrando em contato através da página.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Rafaella Dotta