Como forma de fortalecer a luta no Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), e entidades parceiras, iniciaram a campanha de 16 dias de militância para o enfrentamento à violência contra as mulheres.
A campanha tem como objetivos revelar a dimensão do feminicídio e denunciar o aumento do número de casos de mortes de mulheres por razões de gênero no país.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde de 2019, o Brasil ocupa a quinta maior taxa de feminicídios do mundo. São cinco assassinatos para cada cem mil mulheres.
Com a pandemia, os casos de violência de gênero aumentaram. De acordo com dados divulgados pelo Monitor da Violência em setembro, nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de maneira violenta, significando um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Contag participa, desde 1991, de uma campanha internacional de 16 dias, começando em 25 de novembro e finalizando em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Durante este período, são feitas diversas atividades para falar sobre a importância do enfrentamento à violência de gênero e a promoção de direitos humanos.
Em entrevista ao Jornal Brasil Atual, Mazé Morais, secretária de Mulheres da Contag, comenta que a violência patriarcal em contextos rurais é ainda mais difícil de ser enfrentada.
Já Jaqueline Leite, coordenadora do Comitê Latino Americano de Mulheres da União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação (UITA), entidade parceira da campanha de 16 dias, explica que a violência de gênero "aumentou consideravelmente em toda região da América Latina e a campanha deste ano, mais do nunca, tem o objetivo de dar visibilidade ao problema".
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Edição: Mauro Ramos
