Combate à violência

Mutirão de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher percorre o RS

Ação oferece informações, atendimentos e serviços gratuitos a mulheres com foco no combate ao abuso e à violência

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Unidade móveis de diversas instituições estiveram no Largo Glênio Peres entre 10h e 16h desta quarta-feira (25) - Itamar Aguiar/Palácio Piratini

Após um dia de mutirão que acolheu centenas de mulheres no Centro de Porto Alegre, realizado no na quarta-feira (25), a ação que iniciou os 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres vai percorrer 15 cidades gaúchas até o dia 10 de dezembro.

O mutirão é organizado pelo Comitê Interinstitucional e oferece informações, atendimentos e serviços gratuitos ao público feminino, com foco na prevenção e combate a abusos e agressões.

A atividade conta com a participação da Polícia Civil, prefeitura de Porto Alegre, Brigada Militar, Instituto-Geral de Perícias (IGP), Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça do RS, Defensoria Pública do Estado, Secretaria da Segurança Pública (SSP), Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), entre outros órgãos.

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Além de promover ações sociais junto à população, como orientações gerais, distribuição de material informativo e kits com material de higiene (máscaras e álcool em gel), são realizados testes rápidos da covid-19.

A Polícia Civil e a Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar farão parte de todas as visitas, levando suas viaturas para locais públicos e arejados, com amplo acesso às pessoas nessas cidades, durante os 16 dias, das 13h30min às 18h. Nesse período, a população poderá receber informações sobre a atuação das equipes, locais de atendimento e todo tipo de dado relevante para auxiliar as mulheres no combate à violência.

A chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, destacou a importância da aproximação das instituições ligadas à Rede de Proteção à Mulher com a comunidade para levar informação dos diversos canais de atendimento às vítimas.

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“A violência contra a mulher se constrói em um contexto muito mais amplo do que os ataques visíveis, as agressões e os abusos que podem acabar em feminicídios. São restrições à liberdade, censura por causa da roupa, controle sobre as amizades ou celular e para onde vai. Esse evento, assim como os atendimentos permanentes que realizamos, visam levar informação e acolher as mulheres para que consigam se perceber quando envolvidas nessas situações e procurem ajuda”, afirmou Nadine.


Mutirão distribuiu material informativo sobre os serviços da rede de proteção à mulher no RS / Itamar Aguiar/Palácio Piratini

A coordenadora das Patrulhas Maria da Penha da Brigada Militar, major Karine Pires Soares Brum, também enfatizou a importância de ações preventivas como os 16 Dias de Ativismo. “Pequenos gestos de violência como controle das redes sociais, dos relacionamentos familiares, das roupas, tudo isso é violência. Nesse espaço, conseguimos falar para que as mulheres possam se reconhecer em uma situação de violência ou reconhecer uma amiga que passa por essa situação, para dar a chance de que elas busquem acolhimento antes de um quadro extremo” completou.

A ação do Comitê durante os 16 Dias de Ativismo também conta com o Ônibus Lilás, veículo especialmente preparado pela SJCDH para disponibilização de atendimento e material informativo sobre violência de gênero e os serviços da rede de atendimento à mulher em situação de violência existentes no Estado.

O ônibus é equipado com duas salas fechadas que garantem a privacidade da vítima, copa, banheiro e uma equipe composta por profissionais das áreas de serviço social, psicologia, atendimento jurídico e segurança pública.

O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, criado por meio do Decreto 55.430/2020, tem como objetivo central fortalecer a rede de apoio às vítimas e promover entre os gaúchos uma mudança de cultura, que valorize a proteção da mulher na sociedade em todas as suas formas, tendo como premissa a atuação integrada. Coordenado pelo programa estruturante e transversal RS Seguro, reúne o trabalho dos três Poderes, de 15 instituições das esferas municipal e estadual, além de sete secretarias de Estado.

Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres são uma campanha anual e internacional que começa no dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Confira as próximas paradas da ação:

Horário: 13h30min e 18h

26/11 - Viamão (praça Júlio de Castilhos)

27/11 - Canoas (praça do Avião)

28/11 - Novo Hamburgo (praça Punta del Leste)

29/11 - Alvorada (praça Central João Goulart)

30/11 - Passo Fundo (praça da Cuia)

01/12 - Cruz Alta (praça General Firmino)

02/12 - Ijuí (praça da República)

04/12 - Caxias do Sul (praça Dante Alighieri)

05/12 - São Leopoldo (praça do Brinquedo)

06/12 - Guaíba (Parque da Juventude)

07/12 - Santa Maria (praça Saldanha Marinho)

08/12 - Pelotas (Mercado Público)

09/12 - Rio Grande (praia do Cassino)

10/12 - Sapucaia do Sul (praça General Freitas)

11/12 - Encerramento dos 16 Dias de Ativismo, em Bento Gonçalves (rua Marechal Floriano, em frente à praça Walter Galassi)

* Com informações da Secretaria de Segurança Pública do RS

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Marcelo Ferreira