Com a apuração do segundo turno finalizada, o índice de abstenção ficou próximo de 29,5%, maior taxa em duas décadas e meia. Em várias cidades, superou o patamar de 30%. Caso do Rio de Janeiro, onde a taxa foi de 35,45%. Foram mais abstenções (1.720.154) do que votos ao candidato eleito, Eduardo Paes, do DEM (1.629.319).
Ainda assim, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, enfatizou a presença do eleitorado.
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O índice de abstenção no segundo turno, que tradicionalmente é superior ao do primeiro, foi de 29,47% com os números que tínhamos até agora, faltando (a apuração no) estado do Acre. É um numero maior do que desejaríamos, mas é preciso ter em linha de conta que realizamos eleições em meio à pandemia que já consumiu 170 mil vidas, e as pessoas com temor, muitas por estarem com a doença, muito por estarem com medo”, comentou.
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No maior colégio eleitoral do país, em São Paulo, o total de abstenções hoje ficou pouco abaixo do candidato vencedor. Foram 2.769.179 (30,81%), ante 3.169.121 votos para Bruno Covas (PSDB). O índice foi ainda maior em Porto Alegre: 32,76%.
Tendência de alta
No segundo turno de 2016, a abstenção foi de 21,55%. Em 2012, de 19,12%. No primeiro turno deste ano, ficou em 23,14%, no dado consolidado, também acima de eleições anteriores.
“Quando começou, temia-se uma abstenção colossal, e consideramos que realizar eleições em meio à pandemia, com comparecimento de 70%, é fato que merece ser celebrado”, destacou Barroso.