Uma nova Constituição será inevitável; não neste momento em que o acúmulo de forças prejudicial ao povo levaria à supressão dos direitos sociais, individuais e dos trabalhadores.
O Estado brasileiro tornou-se insustentável no atual formato, a carga tributária esmaga o consumidor e as rendas salariais, enquanto isenta banqueiros, rentistas, a agiotagem em geral. O latifúndio transformou-se em força poderosa com o agronegócio, que, a rigor, emprega muito pouca gente e, para além disto, concentra rendas e riquezas cada vez mais desigualadoras da sociedade.
::Em queda no ranking do IDH, Brasil se torna o 2º país com maior concentração de renda::
O judiciário e as polícias militares, raciocino, dificilmente comportarão reformas, são instituições a serem reconstruídas com inovação estrutural e, sobretudo, ideológica (estava sendo julgado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ – um juiz por infração classificada de 'disciplinar', mas, em concreto, o exemplar magistrado Edevaldo Medeiros era submetido aos rigores do sistema porque suas decisões, sempre dentro da lei, tendiam a proteger os mais frágeis e pobres).
Como a experiência do Estado de bem-estar social fracassou e foi definitivamente enterrada pelo neoliberalismo, a conjuntura aponta para rupturas e isso implicaria um sem número de mudanças tão importantes que o sistema rejeitaria com os bate-paus reprimindo e os jagunços assassinando sob o límpido céu da impunidade.
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Uma nova Constituição, sim, quando o poder efetivamente emanar do 'em nome povo' e for, para além do nome, realizado segundo os seus reais interesses e os interesses dos trabalhadores. É como penso, sabendo desde logo que esse mundo novo virá, luto para ele venha, pouco me importando que eu não o veja.
Outros o verão e viverão.
Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato