Apresentado no mês passado a diversos ministérios, os documentos que ficaram conhecidos como "Plano Mourão" prometem promover a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável na região amazônica.
Especialistas, no entanto, são críticos ao conjunto de ações criado pelo Conselho da Amazônia. Eles apontam, por exemplo, para a utilização de teorias conspiratórias de uma possível invasão internacional à região.
De acordo com Márcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, o Plano Mourão chama atenção pela tentativa de militarização na proteção à Amazônia.
Segundo ele, o plano aponta que a região é rica em recursos naturais e que outros países estariam interessados nesses materiais, pois eles seriam essenciais a hegemonia dessas nações.
Em todo o plano, órgãos federais de meio ambiente como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Ibama e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação) quase não são citados, enquanto o Ministério da Defesa aparece 22 vezes no texto.
Adriana Ramos, do ISA (Instituto Socioambiental) apontou que o Conselho da Amazônia não consegue, só com alguns ministérios, dar conta da complexidade do desmatamento na Amazônia.
Segundo ela, o enfrentamento tem que envolver a sociedade, governos estaduais e ministérios em estratégias que se complementem. O conselho também não tem o poder de executar ações, apenas coordenar políticas que já existem.
Confira todos os destaques e o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos