As eleições para prefeitos e vereadores aconteceram na capital e em outras cidades do Paraná com shoppings, academias, clubes, restaurantes, bares abertos, como se a pandemia já tivesse passado. Assim que foram fechadas as urnas, a Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado tiveram de voltar atrás.
A Prefeitura decretou a volta da bandeira laranja, com restrições a bares e mudança de horário no fechamento do comércio. Já o governador Ratinho Júnior (PSD), na terça-feira (1), assinou decreto de toque de recolher no estado. Essa é a primeira vez, desde o início da pandemia, que o governo do Paraná anuncia tal medida.
Recorde de contaminação
Em três dias, de segunda a quinta-feira desta semana, morreram em Curitiba 59 pessoas por covid-19. Mais de cinco mil pessoas foram contaminadas e, segundo o último boletim da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado na quinta-feira (3), havia 12.817 mil casos ativos, pessoas diagnosticadas e com potencial de repassar a doença.
A taxa de ocupação dos leitos está em 93%. Como comparação, no começo de novembro, no dia 3, eram 3.965 pessoas ativas. No mês da eleição, sem medidas restritivas, o número praticamente triplicou.
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Para o médico e ex-deputado Doutor Rosinha (PT), é difícil saber se a piora da pandemia na capital e no estado faz parte de uma segunda onda, como na Europa, ou é a mesma desde o começo. “Aqui não entramos nessa onda de baixar e depois voltar uma segunda, como na Europa”, diz.
Para ele, o atual momento se deve à falta de políticas públicas na saúde e também em relação a políticas sociais. ”Estados e municípios não fizeram política social, de saúde nem epidemiológica. A irresponsabilidade - ou responsabilidade por isso - é desses governos”, complementa. Rosinha lembra também que, por questões eleitorais, não foram feitas medidas de isolamento em Curitiba ou no Paraná.
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Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini