Na última sexta-feira (27), a Polícia Civil de Laranjeiras do Sul (Paraná) concluiu o inquérito sobre o assassinato de Ênio Pasqualin, liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. Três homens, que não tiveram seus nomes divulgados, foram presos. Um, acusado de ser o mandante do crime, e outros dois, os executores.
Saiba mais: Líder do MST no Paraná é sequestrado e morto a tiros
A primeira prisão aconteceu em 20 de novembro, em Chopinzinho. Na quinta-feira (26), ocorreram as outras duas, em Pato Branco e São Marcos (RS). O homem preso no Rio Grande do Sul é apontado como mentor, articulador e contratante do crime.
De acordo com as investigações, um dos responsáveis pela execução de Pasqualin tinha dívida de R$ 800 com o mentor, e o crime foi uma forma de saldar o valor.
O responsável pela contratação forneceu armas de fogo e levou a dupla até as proximidades da casa da vítima, no Assentamento Ireno Alves dos Santos, em Rio Bonito do Iguaçu. Ênio Pasqualin foi tirado de sua casa e executado com um tiro nas costas.
Leia também: Como o MST se propõe a enfrentar o agronegócio plantando soja orgânica
Segundo a polícia, foi apurado durante a investigação que os dois responsáveis pela execução não conheciam Pasqualin. Já o contratante afirmou que teve um desentendimento com a vítima por conta de um problema com o lote de um familiar. Os presos ficam, agora, a disposição da justiça da Comarca de Laranjeiras do Sul.
Ênio Pasqualin iniciou sua militância no movimento em 1996, já em Rio Bonito do Iguaçu, onde fez parte de uma das maiores ocupações dos sem terra: cerca de três mil famílias ocuparam o latifúndio da Giacomet Marodin, atual madeireira Araupel, no dia 17 de abril daquele ano.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Lia Bianchini