Uma comissão formada por 16 reitores eleitos, mas não empossados, enviou uma carta ao Ministério da Educação solicitando uma audiência com o ministro Milton Ribeiro.
Os reitores questionam o Governo Federal por não respeitar as instituições de ensino. Dos 29 reitores nomeados por Bolsonaro, 16 não foram eleitos.
Reitores de universidades federais são escolhidos pelo presidente da República entre três nomes enviados a ele pela própria universidade.
A escolha do mais votado da lista tríplice não é obrigatória, mas é uma tradição seguida desde 2003, na gestão do ex-presidente Lula, e é considerada uma forma de respeitar a democracia e a autonomia universitária.
No caso da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Bolsonaro rejeitou nomear o professor Maurílio Monteiro da Silva, que obteve 84% dos votos da comunidade acadêmica.
Em seu lugar, o presidente nomeou Francisco Ribeiro da Costa, que ficou em terceiro lugar na votação, com cerca de 7% dos votos. De acordo com a universidade, essa foi uma "ação autoritária e militaresca" do governo federal.
Em nota, a universidade afirmou que repudia um presidente que "ignora a autonomia universitária e obriga as instituições a se dobrarem a um poder que nega a elas sua própria essência de pluralidade".
Segundo o professor e deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), essa é claramente uma forma de Bolsonaro interferir nas universidades federais, deixando de lado a escolha democrática dessas instituições.
Confira os detalhes na reportagem de Danilo Reenlsober.
Todos os destaques e o jornal completo estão no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
