O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou mais uma entrega de botijões de gás de cozinha (B13) para as famílias organizadas no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre (RS). A ação ocorreu nesta quarta-feira (9), quando 56 famílias foram beneficiadas, contribuindo com parte do valor do botijão.
A entrega faz parte das ações de solidariedade que o MAB vem desenvolvendo desde o início da pandemia, em todo o Brasil. Na Lomba do Pinheiro, periferia da Zona Leste da Capital, a primeira entrega foi realizada em agosto.
Desta vez, a ação de solidariedade contou com a contribuição do CPERS, o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul, cujos representantes estiveram no local de distribuição conversando com as famílias.
Para o diretor do CPERS-Sindicato, Mauro João Calhari, “a ação promovida pelo MAB foi também uma maneira de levar informação até o povo, sobre o que poderíamos ter em nossas mãos e não temos por conta da entrega das nossas riquezas, do petróleo, dos minérios e, também, por mostrar que a luta pelos nossos direitos depende de nós, da nossa organização.”
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Para Selene Michielin, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e da Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE), a iniciativa foi importante por mostrar para a sociedade o que o governo está fazendo com nossas estatais e nossas riquezas.
“Nessa ação, mostramos para a comunidade que um botijão de gás poderia ser vendido pela metade do preço que é pago atualmente, como acontecia no governo Lula. O governo federal prioriza o lucro das multinacionais, em detrimento do povo brasileiro, que a cada dia se torna mais empobrecido. Não podemos achar que isso é normal, precisamos reagir e lutar.”
“Pagamos um preço absurdo pelos derivados de petróleo, entre eles o gás de cozinha”, disse Fernando Fernandes, da coordenação estadual do MAB. Ele complementa: “Os petroleiros nos alertaram que se o atual Governo Federal não tivesse jogado a Petrobras para a lógica do mercado internacional do petróleo, teríamos combustíveis a preços muito baixos e teríamos soberania sobre o preço da gasolina e do gás de cozinha, por exemplo. Mas não é o que acontece, e a culpa por pagarmos tão caro é do atual governo federal”, concluiu.
O MAB prevê continuar com as ações de solidariedade no próximo ano, principalmente junto às comunidades carentes de Porto Alegre, onde tem atuação. “Sabemos que a pandemia está longe de acabar e, com a perspectiva de término do auxílio emergencial, estamos na eminência de termos um colapso social, já que o desemprego e a diminuição de renda é grave desde o início do ano. As ações do MAB são um alento para famílias que tanto precisam aqui na Lomba”, disse Karine Schultz Nachtigall, da Coordenação Municipal do MAB.
* Com informações do MAB
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira