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Jornal Brasil Atual Edição da Tarde | 15 de dezembro de 2020

Entidades lançam campanha para pressionar Congresso Nacional a manter o piso emergencial da Saúde em 2021

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Campanha nacional “O Brasil precisa do SUS” também se soma à petição pública “O SUS merece mais em 2021”, promovida pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) - Sindicato dos Bancários de Brasília

Entidades da sociedade civil que integram a Frente pela Vida lançaram a campanha “O Brasil precisa do SUS”, nesta terça-feira (15), véspera da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Um dos principais objetivos da campanha é pressionar o Congresso a manter o piso emergencial da Saúde para 2021.

Em 31 de dezembro expira a lei que reconhece o estado de calamidade. No entanto, como afirmam as entidades, os casos de infecção e mortes causada por covid-19 voltaram a explodir em todo o país a partir de novembro. O Brasil passa dos 181 mil mortos e as previsões não são animadoras para janeiro.

Os músicos Chico Buarque, Zélia Duncan e Caetano Veloso, o jornalista Juca Kfouri, os atores Paulo Betti, Cristina Pereira e Mateus Solano, além do religioso Leonardo Boff estão entre os artistas e ativistas que gravaram vídeos declarando a importância do Sistema Único de Saúde e manifestando apoio à campanha.

Entre as entidades que compõem a Frente pela Vida estão a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Confira também no jornal, reportagem sobre a ação coletiva protocolada contra a Universidade de São Paulo (USP) que pede a prisão do reitor Vahan Agopian.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da USP e o Ministério Público do Trabalho, ele tem descumprido a ordem judicial de afastar do Hospital Universitário os funcionários do chamado grupo de risco da Covid-19. Fazem parte desse grupo os funcionários de mais de 60 anos e aqueles que possuem alguma comorbidade.

De acordo com Reinaldo Santos, diretor do Sintusp, uma ação foi protocolada no início da pandemia, pedindo que esses funcionários fossem afastados. No entanto, eles seguiram trabalhando no Hospital Universitário.

Ainda segundo o diretor do sindicato, esses funcionários estão mais suscetíveis ao vírus e às formas mais graves da doença, e por isso, não poderiam continuar trabalhando. A direção do Hospital, por sua vez, diz que sem esses funcionários, o atendimento seria prejudicado. 

 

Edição: Mauro Ramos