Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Geral

INCERTEZA

“Não sei o que vou fazer”: relatos de quem tem no auxílio emergencial sua única renda

Mesmo com desemprego em alta e pandemia descontrolada, governo Bolsonaro encerra benefício em dezembro

17.dez.2020 às 00h01
Belo Horizonte Brasil de Fato (MG)
Raíssa Lopes
dinheiro, auxilio

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, desde maio, 15 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza por causa do benefício - Créditos da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

"Eu estou ficando quase doida já", desabafa a diarista Isabel Gonçalves, de 45 anos, ao falar sobre as estratégias mentais que traça incessantemente para tentar lidar com o fim do auxílio emergencial. A verba terá sua última parcela repassada aos cadastrados neste mês de dezembro, por decisão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Além da interrupção, desde outubro de 2020 os recebedores do direito lidam com a diminuição do valor aprovado em março pela Câmara dos Deputados, que era de R$ 600, mas, por decisão do presidente, passou para R$ 300.

Isabel, mais conhecida como Belinha, é hipertensa e é pré-diabética, compondo o grupo de risco da covid-19. Ele teme voltar às ruas de Belo Horizonte para trabalhar, enquanto os números oficiais sobre a pandemia na capital mineira e em Minas Gerais anunciam que o coronavírus avança cada vez mais, aumentando, inclusive, as ocupações dos leitos de UTI por todo o estado.

"Eu tenho medo de ir para rua e, você sabe… Mas não vai ter jeito. Não vai ter. Meu menino, de 17 anos, você tem que ver, já colocou currículo em todos os lugares, está se oferecendo pra trabalhar em obra. Só que ninguém chama, ninguém oferece nem um bico", relata.

Sou artesão, ganho dinheiro semana sim, semana não. Estou muito preocupado

Belinha diz que tem muito medo de adoecer, mas também tem medo da fome. Além disso, por estar com um problema nas juntas das mãos e sentindo muita dor, deve, por indicação de um médico ortopedista, iniciar fisioterapia o mais rápido possível. Porém, ela não sabe como irá conseguir o dinheiro da passagem.

"Eu fazia uma faxina fixa e as pessoas [da casa] continuam me pagando. Isso, junto do auxílio, que está ajudando eu e meu filho a comer, a pagar minhas contas, porque é pouco dinheiro e não dá com o preço do arroz, do gás, da carne. E mês que vem eu já não sei mais como vai ser".

Sem garantia de saúde física, quem dirá mental

Outra jovem que, assim como o filho de Belinha, tentou arrumar emprego na pandemia é Gabriela Sales, de 21 anos. Desempregada desde agosto de 2019 e sem sucesso na busca por trabalho em 2020, ela começou a receber o auxílio no mês de março.

Usou os R$ 600, e agora usa os R$ 300, para pagar os remédios do tratamento psiquiátrico que faz. O custo dos remédios fica em torno de R$ 300, podendo ser um pouco mais caro. A mãe, que costuma auxiliá-la quando precisa, foi demitida com o início da pandemia no Brasil.

“Com R$ 600 eu conseguia pagar meus medicamentos, ajudar em casa e comprar alguma coisa para mim, se sobrasse algo. Agora está difícil, pago o meu remédio e não sobra nada. Não sei como vou fazer. Sem o auxílio e sem bicos, vou ter que depender de ajuda de parentes. Isso se eles tiverem dinheiro para me ajudar… Senão simplesmente vou ter que interromper o tratamento”, afirma.

Insegurança

A história se repete com o artesão Edvaldo Gilbert Neri, de 24 anos, morador de Montes Claros, no Norte de Minas, que procura há meses por um bico. Nada ainda.

Auxílio chega a 126 milhões de pessoas, 60% da população

Ele declara que com os R$ 300 do auxílio consegue arcar com a feira/alimentação, com a sua conta de água – que aumentou de R$ 40 para R$ 80 em época de coronavírus -, e com a conta de luz, que tem vindo mais de R$ 100.

"Sou artesão, então ganho dinheiro uma semana sim, uma semana não. Eu realmente estou muito preocupado, não sei como vai ser".

A fome e o desemprego

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil bateu recorde e atingiu 14,6% no último trimestre (encerrado em setembro), correspondendo a mais de 14 milhões de pessoas. Essa é a maior taxa já registrada na história da pesquisa, iniciada em 2012.

Segundo outro estudo do IBGE, em 2018 o Brasil voltou a integrar o Mapa da Fome, do qual havia saído em 2014.

O valor da cesta básica, em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou alta em pelo menos 16 capitais no país. Em Belo Horizonte o crescimento foi de 6,88%, tornando a cidade a nona capital na lista de maiores preços. No município, o auxílio emergencial não é suficiente para pagar a cesta, que custa R$ 552,37.

Auxílio emergencial

O pagamento do auxílio chega hoje a mais de 126 milhões de pessoas, o que representa 60% da população brasileira, segundo o Ministério da Cidadania. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, desde maio, 15 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza por causa do benefício.

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui :

Editado por: Elis Almeida
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Atlas da Violência

‘Reduzir velocidade das vias é única medida de curto prazo para evitar mortes no trânsito’, diz pesquisador do Ipea

Fórum China-Selac

Na China, Gustavo Petro confirma adesão da Colômbia à Nova Rota da Seda

SEGURANÇA PÚBLICA

Plano para enfrentar a violência armada no Rio será lançado nesta terça-feira (13)

Operação Face Off

PF investiga fraudes em contas vinculadas à plataforma Gov.br

Fique de olho

Governo notifica potenciais vítimas da fraude de descontos nesta terça (13) por meio do app Meu INSS; saiba como baixar

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.