Proibido

Uso de agrotóxicos para capina em áreas urbanas segue sem fiscalização no Paraná

Intimada por parlamentar, Secretaria da Saúde estadual não informa como irá coibir o uso do "mata mato"

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Deputado estadual, Goura (PDT), enviou pedido à Secretaria Estadual de Saúde requisitando fiscalização efetiva para coibir a “capina química”, mas obteve respostas vagas - Fernando Frazão/Agência Brasil

Mesmo proibido, o uso de agrotóxicos em áreas urbanas para fazer a “capina química” – o popular “mata mato”- continua sem ser fiscalizado adequadamente no Paraná, seja pelas autoridades municipais ou estaduais responsáveis. Assim, o problema de contaminação ambiental e de pessoas só se agrava.

Por isso, ao final de julho, o mandato do deputado estadual Goura (PDT) enviou expediente ao secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, pedindo providências para a realização de fiscalização efetiva para coibir a “capina química”, que é proibida por norma da Anvisa e tem uma resolução da Secretaria de Saúde (SESA), a de número 373/2019, reafirmando esta proibição.

Quase quatro meses depois de protocolado o pedido, que solicita a realização de campanha sobre a proibição da aplicação de agrotóxicos/capina química em ambientes urbanos, o requerimento 3554/2020 foi respondido no dia 23 de novembro.

Leia mais: Como a política pró-agrotóxicos de Bolsonaro transfere riquezas para fora do país

Na resposta, a SESA afirma que “o tema está sendo tratado junto às áreas técnicas envolvidas para elaboração de peças/informes publicitários que serão veiculados nas mídias sociais desta Secretaria, como parte das atividades desenvolvidas no âmbito do Plano Estadual de Vigilância e Atenção à Saúde das Populações expostas aos Agrotóxicos.”

“Recebemos uma resposta vaga e imprecisa, que não esclarece de forma efetiva como a Secretaria de Saúde vai agir para fiscalizar e proibir o uso de mata mato que tem fácil acesso para se comprar e cujo uso está cada vez mais disseminado”, rebateu o deputado Goura.

Segundo ele, o mandato vai continuar a insistir em mais esclarecimentos por parte da Secretaria de Saúde e intensificar a campanha contra os agrotóxicos.

Fonte: BdF Paraná

Edição: Lia Bianchini