Assim como outros movimentos populares como o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), desde o início da pandemia, o Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo tem oferecido alimentação gratuita à população carente da cidade e tem visto o número de refeições servidas disparar.
Segundo dados da entidade, o número de pessoas atendidas saltou de 50 no início da quarentena para mais de duas mil. Agora, com o fim do auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal, houve um aumento de 35% nos atendimentos.
De acordo com Robson César Correia de Mendonça, presidente do movimento, o número de desabrigados e de pessoas em situação de rua aumentou no centro da cidade nos últimos meses.
A crise sanitária e econômica causada pela Covid-19, segundo ele, tem afetado principalmente a parcela mais pobre da população. Em muitos casos, as famílias precisam optar entre pagar o aluguel e outras contas ou se alimentar.
Ainda de acordo com o presidente, o fim do auxílio emergencial deve aumentar o número de pessoas em situação de rua ou que precisem de ajuda para se alimentar.
Somado aos altos índices de desemprego, garante, a população tem vivido sob uma eterna insegurança, sem saber se terão onde dormir ou o que comer no dia seguinte.
Comovida com a situação da população em situação de rua, a voluntária Eleonora Rigotti decidiu atuar junto à entidade, ajudando as pessoas mais carentes sem acesso à internet a obter o benefício federal.
Ela aponta que, além da população de rua, aumentou também a quantidade de pessoas que tinham algum trabalho informal, mas ficaram desassistidas, em busca de alimentação.
A voluntária também criticou a falta de ações voltadas à população em situação de rua dos governos municipal, estadual e federal.
O Movimento Estadual da População em Situação de Rua oferece alimentação de graça às pessoas carentes desde o início da pandemia. Em agosto, após uma parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o movimento Rede Rua, passou a atender na quadra do sindicato.
Quem quiser ajudar a entidade, pode fazer a doação de alimentos na quadra do sindicato, localizada na Rua Tabatinguera, ou entrar em contato com o movimento por meio das suas redes sociais.
*Com informações de Danilo Reenlsober
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Edição: Mauro Ramos
