A partir desta segunda-feira (4), a Venezuela retoma a quarentena rígida em todo o território nacional, dentro do plano 7+7: uma semana de isolamento social e uma de flexibilização. A decisão foi anunciada pelo presidente Nicolás Maduro diante do aumento dos contágios, depois de que o Executivo suspendera todas as restrições no mês de dezembro.
Esta é a 41ª semana de pandemia no país, que registra 114.083 infectados, sendo 4.965 casos ativos e 95% de taxa de recuperação. Os venezuelanos também mantêm um dos menores índices de mortalidade da região, com 1032 falecidos pela covid-19.
Nas semanas de quarentena, apenas os serviços essenciais estão permitidos, enquanto nas semanas de flexibilização as atividades econômicas e comerciais são permitidas em horários específicos.
Apesar das restrições, a nação continua com o plano de repatriamento voluntário. No último domingo (3), 124 venezuelanos retornaram da Argentina, através do plano Vuelta a la Patria (De Volta à Pátria).
#EnFotos 📸 | 124 compatriotas que se encontraban en la República de Argentina 🇦🇷 retornaron a casa este #3Ene en la primera jornada del #PlanVueltaALaPatria de este 2021, cumpliendo con las medidas de bioseguridad y felices de reencontrarse con sus familiares.#2021Bicentenario pic.twitter.com/oCdGXGOjfs
— Cancillería Venezuela 🇻🇪 (@CancilleriaVE) January 3, 2021
Além de retomar o confinamento, Maduro anunciou que o Ministério do Poder Popular para a Saúde assinou um contrato de compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V.
"Nos próximos 90 dias Venezuela irá vacinar 10 milhões de venezuelanos com prioridade de acordo à idade, profissão e vulnerabilidade", afirmou o presidente.
A Venezuela foi o primeiro país da região a testar o fármaco, que está em fase final de testes clínicos e já começou a ser aplicado de maneira massiva no território russo.
O chefe de Estado denunciou que Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos tentam congelar recursos financeiros para evitar que o país adquirisse medicamentos. Maduro acusa esses governos de declarar uma guerra geopolítica com a vacina contra o coronavírus para reafirmar sua hegemonia mundial. "A vacina não pode ser objeto de mercantilismo selvagem", denunciou o mandatário.
Além da Sputnik V, a Venezuela, como membro dos países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP) teria prioridade no acesso à Soberana 01, uma das quatro vacinas desenvolvidas pela biomedicina cubana.
Edição: Luiza Mançano