Quando?

Sem data definida, governo diz que vacinação contra covid será simultânea no país

Apesar de anunciar compra de toda a produção da CoronaVac, do Butantan, não se sabe quando a população será imunizada

Belém (PA) | Brasil de Fato |
Desde a semana de 29 de novembro a 5 de dezembro, o Brasil voltou a registrar mais de 4 mil mortes - Silvio Avila/ AFP

A espera da população brasileira por um plano concreto de imunização contra o coronavírus ganhou mais um capítulo neste sábado (09), com a informação divulgada pelo Ministério da Saúde de que a vacinação ocorrerá de forma simultânea em todo o Brasil. Segundo a pasta, a distribuição de doses será proporcional entre os entes federativos. Na última sexta-feira (8), no entanto, o estado de São Paulo confirmou para o próximo dia 25 de janeiro o início da imunização, independente do planejamento do governo federal. 

No portal do Ministério da Saúde, a informação é de que “todas as vacinas que estão no Butantan serão, a partir desse momento, incorporadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Elas serão distribuídas de forma equitativa e proporcional, assim como as vacinas da AstraZeneca”, diz o responsável pela pasta, general Eduardo Pazuello.

O Instituto Butantan é que desenvolve o imunizante CoronaVac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. De acordo com o diretor do instituto, Dimas Covas, a expectativa é que a distribuição comece entre 24h a 48h depois que a Anvisa liberar o uso emergencial do imunizante.

Sem data definida

Apesar dos anúncios, o Ministério da Saúde tem trabalhado com hipóteses destacadas no portal oficial. São elas: até 20 de janeiro - melhor hipótese - com o uso das vacinas do Instituto Butantan e as doses da vacina da Astrazeneca, importadas da Índia; 20 janeiro a 10 de fevereiro - hipótese intermediária - já com vacinas produzidas no Brasil pelo Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); 10 de fevereiro até início de março - hipótese de vacinação mais tardia.

Para que a vacinação inicie é preciso autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A agência informou, neste sábado, que o pedido de autorização entregue pela Fiocruz para autorização emergencial da vacina de Oxford traz os "documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência".

Já quanto à CoronaVac, a Anvisa informou que pediu mais informações ao Instituto Butantan. O prazo estimado pela agência para avaliação dos pedidos é de até dez dias.

Novos casos

Neste sábado (9), o país chegou a 202.631 pessoas que perderam a vida depois que foram infectadas pelo novo coronavírus. Somente nas últimas 24 horas foram registrados 1.171 óbitos. Já o número de pessoas contaminadas chegou a 8.075.998, sendo 62.290 somente nas últimas 24 horas. As informações são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Saiba o que é o novo coronavírus

É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.

Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS). A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”. 

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Edição: Geisa Marques