Sementes

Cru, torrado ou em pasta: conheça os benefícios do gergelim

A semente ajuda no controle do colesterol e é rica em cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B

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Os componentes das sementes de gergelim, como o magnésio, têm sido associados à redução do riscos de diabetes e servem para o tratamento de seus sintomas. - Pixabay
O gergelim é o alimento mais rico em cálcio, ultrapassando até mesmo os produtos lácteos

Quem vê o gergelim ali, polvilhado sobre o pão de hambúrguer, talvez nem imagine o quão nutritivo ele é.

Mas, antes de falar dos inúmeros benefícios desse alimento para a saúde do nosso corpo, vale lembrar que, na verdade, ele é uma semente, extraída de uma planta chamada sésamo, muito comum no Oriente.

Aqui no Brasil, geralmente, ele é consumido torrado, mas a nutricionista funcional Pamela Terra explica que ele também pode ser utilizado na sua forma crua.

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“É aquela semente mais clarinha, que, às vezes, a gente encontra nos supermercados ou nessas lojas de produtos saudáveis. É a sementinha mais branquinha que tem, essa é a semente crua.

Pamela, no entanto, ressalta que a semente pode, sim, ser consumida torrada. "É aquela [semente] um pouco mais amarelada. E tem também o gergelim negro, que é uma semente escura, preta, por ter um pouco mais de antioxidante, comparada com essas outras duas que eu citei”, pontua.

Além dos antioxidantes, que ajudam a combater os radicais livres, o gergelim também é composto por uma gordura boa chamada lecitina, que, segundo a nutricionista, é uma ótima aliada para o controle do colesterol.

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“O gergelim tem essa lecitina pura dentro dele fazendo parte dessa composição gordurosa. O que acontece com isso? Essa lecitina tem o poder de dissolver a nossa gordura e melhorar os níveis de colesterol. É como se ela se ligasse às partículas de colesterol e dissolvesse, entre aspas, para melhorar esse perfil de colesterol”.

Também podemos dizer que a semente é uma companheirona dos veganos e vegetarianos, pois ela tem uma proteína que se assemelha à encontrada nas carnes, como explica Pamela Terra.

“O gergelim tem 15 dos 20 aminoácidos essenciais presentes nas proteínas. Então, é considerado uma proteína de alto valor biológico em torno de 20% da sua composição. É um alimento muito rico também nessa questão das proteínas”.

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Além disso, o gergelim também é uma opção para quem não pode ou não quer consumir leite. Pamela conta que ele é o alimento mais rico em cálcio, ultrapassando até os lácteos. "100 gramas de gergelim têm quatro vezes mais cálcio do que os derivados do leite e o leite propriamente dito”.

Como se não já não bastasse todos esses nutrientes, esse alimento ainda é fonte de fibras, vitaminas do complexo B, magnésio e cobre. No entanto, por ser uma semente pequena, a nutricionista faz um alerta para pessoas que tem algum tipo de problema intestinal.

“Essas sementinhas podem parar ali, em alguma região inflamada desse intestino e potencializar a inflamação, por ação física mesmo, não que faça mal à saúde em termos de nutrientes”, pondera. 

E além do tradicional uso do gergelim nos pães em geral, Pamela Terra lembra que é possível fazer o famoso tahine. Basta bater um punhado da semente torrada no liquidificador ou processador até virar uma pasta. Ela também diz que essa receita pode ser consumida com frutas, com ovos e até como recheio de tapioca. 

Edição: Douglas Matos