O Ministério da Saúde solicitou, nesta sexta-feira (15), ao Instituto Butantan que sejam entregues imediatamente os 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o centro de pesquisas.
Em um documento dirigido diretamente ao diretor do instituto, Dimas Covas, a pasta disse que aguarda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à distribuição do imunizante para os estados.
"Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este Ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da Federação de maneira simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a covid-19", afirma o governo, no ofício.
Em uma nota oficial, o Butantan confirmou o recebimento da solicitação e disse que “já enviou resposta perguntando à pasta federal qual quantitativo será destinado ao estado de São Paulo”. Por ter a maior população do país, o estado costuma absorver parte das doses de vacinas distribuídas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Já o governo de São Paulo deve ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a solicitação de entrega de todas as doses da vacina. A informação foi divulgada pelo portal UOL.
O governador paulista, João Doria (PSDB), vive uma queda de braço com o governo federal no que se refere à vacina. Na última semana, por exemplo, o governo local obteve uma decisão favorável da Corte no sentido de vetar a requisição da gestão Bolsonaro em relação a seringas e agulhas compradas pelo governo tucano.
Edição: Leandro Melito