Não foi a primeira

Em Curitiba, vereador Renato Freitas (PT) denuncia ameaças de homens armados

Eles teriam perguntado a vizinhos sobre o paradeiro do vereador e fotografaram sua casa.

Paraná |
Vereador Renato Freitas, de Curitiba, é ameaçado de morte. - Divulgação

*com informações da assessoria de imprensa do vereador

 

O vereador em Curitiba Renato Freitas, do Partido dos Trabalhadores, divulgou em suas redes sociais neste sábado (16) que vem sofrendo ameaças de morte. Em nota, Freitas conta que homens armados rondaram a região onde mora, na capital paranaense, na segunda-feira (11), perguntando aos vizinhos onde seria a casa do vereador.

"Homens à paisana estiveram na rua da minha casa na tentativa de identificar a minha residência, fato esse relatado pelos meus vizinhos, que foram indagados se conheciam e sabiam onde morava o vereador Renato Freitas," aponta.

Os vizinhos, que preferiram não se identificar, relataram que um dos homens estava armado e tirou fotos da casa do vereador. Em seguida, os homens entraram num carro tipo furgão e saíram sem se identificar. 

"Após serem questionados se gostariam de alguma informação específica, os homens entraram no carro, deram a ré para não serem vistos e foram embora", relata o vereador.

Renato e sua equipe jurídica farão o registro do Boletim de Ocorrência, apresentarão uma notícia crime e pedido de investigação junto à Polícia Civil, a partir deste sábado (16).

*Histórico de perseguições*

O vereador ja teve sua vida colocada em risco antes. Renato Freitas, que também é advogado, tornou-se notícia nacional por dois casos de agressão da Guarda Municipal de Curitiba. A primeira em 2016, quando foi candidato a vereador pelo PSOL, em que foi preso, espancado e colocado nú numa cela da carceragem do 3° Distrito Policial de Curitiba.

Na segunda, em 2018, era candidato a deputado estadual pelo PT e foi alvejado duas vezes à queima-roupa por agentes da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Guarda Municipal com balas de borracha. A equipe jurídica do vereador também tem um histórico de abordagens policiais desde 2015, que será anexado ao processo. 

De ataques racistas a ameaças de morte em redes sociais, para o Vereador Renato Freitas, trata-se de evidente caso de violência política e eleitoral: _“A violência política que acontece comigo não é só sobre mim, é sobre 5097 pessoas que exerceram seu direito de voto e acreditaram nas nossas ideias".

Renato é militante do movimento negro e do coletivo Núcleo Periférico, que defende pautas como direito à moradia, reforma urbana e agrária, desmilitarização das polícias, democratização do acesso à cultura e garantia dos Direitos Humanos.

 

Fonte: BdF Paraná

Edição: Ana Carolina Caldas