Crise

Amazonas mantém alta de casos de covid; PGR abre apuração sobre conduta de Pazuello

Diante da alta de casos, governo estadual prorrogou decreto com medidas de restrição até final de janeiro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A PGR determinou o prazo de 15 dias para que o ministro envie informações sobre o cumprimento de medidas  de competência do ministério em relação à crise no AM - Aurélio Pereira/ Fotos Públicas

O estado do Amazonas, que vive uma crise sanitária decorrente da doença, continua a registrar números altos de contágio e mortes pela covid-19. Nas últimas 24h, a região contabilizou 1.277 novos casos e 68 vítimas fatais da doença. 

O Brasil registrou, nas últimas 24h, 33 mil novos casos de covid-19 com 551 vítimas fatais da doença, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Ao todo o país registra 8.488.099 casos da doença e 209.847 mortes desde o início da pandemia de coronavírus.

Diante do crescente número de casos, o governo estadual anunciou na tarde deste domingo (17), a prorrogação do Decreto nº 43.234, de 23 de dezembro de 2020.

"Com a medida, segue suspenso o funcionamento das atividades econômicas não essenciais, bem como permanece a restrição de circulação de pessoas em todos os municípios do Amazonas, entre 19h e 6h", informou o governo estadual por meio de seu perfil oficial no Twitter.

Apuração preliminar

A Procuradoria Geral da República abriu uma apuração preliminar sobre a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante a crise sanitária no estado, segundo noticiou a TV Globo na tarde deste domingo (17).

A Procuradoria determinou o prazo de 15 dias para que o ministro envie informações sobre o cumprimento de medidas  de competência do Ministério, "ante a notícia de que teria sido previamente avisado, na condição de titular da pasta, sobre a escassez crítica de oxigênio em Manaus por integrantes do governo do Amazonas, pela empresa que fornece o produto e até mesmo por uma cunhada [...] mas não agiu”, diz o documento da PGR divulgado pela emissora.

Vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou na tarde deste domingo, duas vacinas para uso emergencial: uma desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceira com o Instituto Butantan; e outra desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ambas precisam de mais análises e acompanhamento para registro definitivo.

O governo de São Paulo, onde está o Butantan, iniciou a vacinação de profissionais da saúde já neste domingo. Logo que as vacinas foram aprovadas, a a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, uma das voluntárias nos testes, foi vacinada no Hospital das Clínicas, simbolizando a primeira brasileira imunizada e o início da campanha.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a distribuição para os estados começará a ser feita na segunda-feira (18) e, a vacinação, a partir da quarta (20).

Edição: Leandro Melito