A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta domingo (27) sobre os pedidos de uso emergencial da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em São Paulo em pareceria com laboratório chinês e da vacina de Oxford, produzida na Índia.
O uso emergencial da Coronavac e da Vacina de Oxford foi recomendado no início da tarde deste domingo pela gerência geral de medicamentos da Anvisa, "tendo em vista o cenário da pandemia, aumento do número de casos e ausência de alternativas terapêuticas". A recomendação do uso emergencial das vacinas foi feita condicionada ao monitoramento constante e avaliação períódica das mesmas.
A aprovação do uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford, no entanto, será decidida por votação entre cinco diretores da agência.
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Na tarde deste domingo, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que assim que for aprovada a Coronavac, as doses da vacina produzidas em São Paulo serão entregues ao Ministério da Saúde.
"Determinei que tão logo a Anvisa aprove o uso emergencial da vacina do Butantan, o Instituto Butantan entregue
imediatamente as vacinas ao Ministério da Saúde para que sejam distribuídas a SP, DF e todos os estados brasileiros. O Brasil tem pressa para salvar vidas", postou Doria em seu pefil no Twitter.
Determinei que tão logo a Anvisa aprove o uso emergencial da Vacina do Butantan, o Instituto Butantan entregue imediatamente as vacinas ao Ministério da Saúde para que sejam distribuídas a SP, DF e todos os estados brasileiros. O Brasil tem pressa para salvar vidas.
— João Doria (@jdoriajr) January 17, 2021
O Ministério da Saúde solicitou, nesta sexta-feira (15), ao Instituto Butantan que sejam entregues imediatamente os 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o centro de pesquisas.
Em um documento dirigido diretamente ao diretor do instituto, Dimas Covas, a pasta disse que aguarda o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início à distribuição do imunizante para os estados.
Neste sábado (16), a Anvisa rejeitou o pedido de uso emergencial para 10 milhões de doses da vacina russa Sputinik V, feito pela farmacêutica União Química na sexta-feira (15).
Um dos primeiros países a iniciar a vacinação de sua população contra a covid-19 com a Sputnik V, em 29 de dezembro, a Argentina já vacinou 107.542 mil trabalhadores da saúde, segundo anúncio feito pelo governo.
O Brasil registrou mais 1.162 mortos e 64.718 novos casos de covid-19 neste sábado (16). Com os dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o número de óbitos causados pela doença é de 209.296 e de infectados, 8.455.059. O total de mortes confirmadas em 24 horas está acima de mil há cinco dias seguidos.
Edição: Leandro Melito