Em seu discurso de posse, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, destacou a necessidade de união dos americanos, a luta contra a pandemia de coronavírus, e se disse comprometido com a democracia e o combate ao “extremismo político, o supremacismo branco, o terrorismo interno”. Em total oposição ao negacionismo de Donald Trump, que não compareceu a posse, Biden afirmou que sua primeira ação no cargo seria pedir à população que se unisse “numa prece em silêncio” pelos 400 mil americanos mortos na pandemia de covid-19. “Este é um momento de provação, de um ataque à democracia e à verdade. Há um vírus feroz que mostra a desigualdade, temos a crise climática, temos o papel dos Estados Unidos no mundo”, afirmou, resumindo algumas bandeiras de sua campanha que são, também, opostas às do negacionista brasileiro Jair Bolsonaro, seguidor de Trump.
Direto de Washington DC, a correspondente do Brasil de Fato, Eloá Orazem, participa ao vivo do Jornal Brasil Atual Edição da Tarde para falar sobre o dia da posse de Biden e sua vice, Kamala Harris, seus discursos e as primeiras propostas do novo governo.
"Biden já sinalizou quais serão as diretrizes. Uma questão bastante importante pra esse novo governo é justamente o que tange aos imigrantes: Joe Biden quer aprovar um plano que possibilite que 11 milhões de imigrantes indocumentados tenham acesso à cidadania estadunidense, em um período de 8 anos", disse a jornalista em relação às prioridades marcadas pelo novo governo dos EUA.
O jornal também recebe o professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser, para falar sobre as perspectivas do governo Biden-Harris. Em relação a questão de se a nova gestão pode responder à pressão dos setores mais à esquerda do país norte-americano, Nasser considera que é uma possibilidade: "por um lado, temos a presença da liderança do Bernie Sanders e movimentos, como Black Lives Matter, têm conferido aos democratas; a outra variável é a circunstância, o contexto: grosso modo, alguns têm comparado este momento com os Estados Unidos pós-crise de 1929, a pandemia está na cifra de 400 mil mortes, grande desemprego; isso faz leva o governo mais à esquerda, ou seja, com mais investimento social, olhasse com mais atenção a questão da seguridade social", argumentou o professor.
Confira as entrevistas e todos os destaques dos dia no áudio acima.
*Com informações da RBA.
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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.
Edição: Mauro Ramos