Salve, nação celeste!
A fatídica temporada 2020 está oficialmente encerrada. O planejamento para a temporada 2021, que já aparece na próxima curva, deve começar de imediato. Infelizmente, o que menos pesou para nossa permanência na série B foi o chamado campo e bola. E parece que pouca coisa deve mudar na próxima temporada.
A diretoria, no último ano, se preocupou mais em parcelar dívidas milionárias – em certo sentido, é o que deveria ter sido feito – mas se esqueceu de ser propositiva e, de fato, se preocupar com os aspectos dentro de campo. E, aí, foram quatro diretores de futebol, quatro treinadores e a tradicional saída para salvar a lavoura: a contratação de um técnico medalhão. Pelo menos a saída conservadora colheu algum resultado, pois, diante de todo o caos em que a diretoria conseguiu apenas aparar arestas, Felipão teve seus méritos para (vejam a situação, amigos) se manter na segunda divisão.
O ano de 2020 foi perdido, pois não avançamos em nada na recuperação da equipe. A saída fácil em transformar o Cruzeiro em clube empresa, que parece ser do agrado da direção, passa ao largo do interesse de boa parte da torcida. Meia dúzia de dirigentes não podem decidir o futuro de uma instituição que pertence a milhões de torcedores.
Caso a intenção seja contar com o projeto de lei que tramita no Senado para salvar o Cruzeiro, o mínimo que deveria ser feito era colocar a questão com mais transparência para os que são donos do Cruzeiro. Caso contrário, os torcedores mais ligados têm mais do que o direito de achar que o caos é mais do que circunstância, é também um projeto.
Saudações celestes!