Na capital paulista, a manifestação desta quinta (21), foi em frente a uma concessionária da Ford, na zona sul. O protesto foi convocado por diversas centrais sindicais, em solidariedade aos trabalhadores da Ford. Alguns manifestantes enfatizaram que as demissões de aproximadamente cinco mil trabalhadores da Ford podem gerar um efeito cascata negativo, e levar ao fechamento de quase 120 mil postos de trabalho, considerando toda a cadeia econômica.
Em Taubaté, local de uma das fábricas, a manifestação também ocorreu em frente a uma concessionária, e reuniu centenas de trabalhadores e manifestantes. Contou ainda com a presença de professores e estudantes da região em solidariedade aos funcionários.
Em Camaçari, na Bahia, o protesto ocorreu na porta da fábrica da Ford. Desde cedo, manifestantes e trabalhadores estavam reunidos em um ato ecumênico. Os trabalhadores reunidos também fizeram uma assembleia, onde foram passadas informações sobre as negociações com a empresa e as esferas governamentais que estão em andamento.
As negociações entre os sindicatos e a Ford estão ocorrendo desde segunda-feira. Ainda de acordo com os sindicatos, a empresa convocou alguns trabalhadores a retornarem por alguns meses para a fabricação de peças de reposição. O sindicato está orientando os trabalhadores a não atenderem o chamado e aguardarem o resultado das negociações.
Confira ainda no jornal, reportagem sobre os médicos brasileiros formados em Cuba que fizeram parte do Mais Médicos e enfrentam dificuldades para renovar contratos. Em janeiro de 2019, o programa Mais Médicos foi encerrado, e não houve intenção do governo de Jair Bolsonaro de extensão do projeto. Pressionado pela oposição, o atual governo apenas concordou em manter os postos dos médicos cubanos que permanecessem no país.
O médico da família e comunidade Leandro Domingues, graduado pela ELAM que fez parte do Mais Médicos até janeiro de 2020 na região de Ubatuba está sem trabalhar desde então. Leandro, que mora de aluguel com a sua esposa e filha, ambas cubanas, comenta que está vivendo com dinheiro que havia reservado.
Os médicos brasileiros formados fora do país, e que participaram do programa Mais Médicos, precisam de uma reavaliação para poder atender no Brasil. De acordo com o médico Leandro Rodrigues, o atual governo mantém parceria com o Conselho Federal de Medicina e ajuda a dificultar a aprovação dos médicos brasileiros. O doutor Rodrigues, que também é pós-graduado em território nacional questiona a medida, uma vez que já tem diploma comprovando sua formação e pós-formação.
Helcio Marcelino, Vice Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo, afirma que os Conselhos Regionais de Medicina (CRM), dificultam o revalida destes profissionais da saúde.
Confira o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos