A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), realiza uma campanha de solidariedade para ajudar as famílias carentes afetadas pela pandemia de covid-19.
O projeto teve início em 2020, ainda durante a primeira onda do novo coronavírus pelo Brasil. Só no ano passado, foram distribuídos mais de 220 toneladas de alimentos e 15 mil kits de higiene.
Ao todo, quase 20 mil famílias foram beneficiadas pela ação. No entanto, com o fim do auxílio emergencial e com a piora da pandemia, o movimento reforça que a campanha continua e pede doações da sociedade.
De acordo com Rud Rafael, da coordenação nacional do MTST, essa é uma forma de ajudar as famílias mais pobres, principais afetadas pela pandemia, já que o governo federal não tem feito a sua parte.
Ainda segundo ele, muitas pessoas perderam seus empregos formais ou fontes informais de renda, o que, assim como o fim do auxílio, dificultou o acesso dessas famílias ao básico para sobrevivência.
Eliane Maria dos Santos Silva, moradora da comunidade Pocotó, em Recife, Pernambuco, viveu de perto esse sofrimento. Segundo ela, boa parte dos moradores da comunidade está desempregada e a ajuda do MTST foi essencial para a sobrevivência de muitas famílias.
O movimento pede ajuda da sociedade para as famílias sem-teto do país. Quem quiser ajudar, pode entrar em contato com as coordenadorias estaduais do MTST, pelo site ou pelas redes sociais oficiais do movimento.
Uma campanha online também arrecada fundos financeiros para a compra de alimentos e outros itens.
O jornal também recebeu a professora do Instituto de Relações Internacionais da USP, Rossana Reis, que participou do estudo que revelou a existência de uma estratégia institucional de propagação do coronavírus, promovida pelo governo federal sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.
O estudo foi divulgado nesta quinta-feira, na 10ª edição do Boletim Direitos na Pandemia, uma iniciativa do Cepedisa (Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo), em parceria com a Conectas Direitos Humanos.
Confira a entrevista com Reis (minuto 14), e o jornal completo no áudio acima.
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Edição: Mauro Ramos
