Uma perícia apresentada nesta sexta-feira (22) na delegacia de San Isidro, em Buenos Aires, confirmou ser falsificada a assinatura que solicitava o histórico clínico do ex-jogador Diego Maradona, que faleceu em 25 de novembro.
Datada no dia 1º de setembro, o documento concedia autorização ao neurocirurgião e médico particular de Maradona, Leopoldo Luque, para receber o histórico do camisa 10, na Clínica de Olivos, o que aponta o médico como provável autor da falsificação.
Segundo fontes judiciais, o histórico foi, de fato, recebido por Leopoldo Luque, via e-mail.
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Luque poderia ser condenado de seis meses a dois anos de prisão por uso de documento privado adulterado. Juntamente com a psiquiatra Agustina Cosachov, Luque era um dos profissionais responsáveis pelo tratamento domiciliar de Maradona, que se recuperava em casa após uma cirurgia na cabeça para remover um hematoma subdural.
Em uma busca e apreensão à casa de Luque, foi encontrada uma folha de papel com ensaios da assinatura de Maradona, assim como uma fotocópia da assinatura original. As investigações tiveram início logo após a morte do ex-jogador, devido a suspeitas de negligência médica.
Esta perícia poderá impactar em outros processos em andamento a respeito da sucessão e herança dos familiares de Maradona, uma vez que a autenticidade da assinatura do camisa 10 em diversos documentos pode ser questionada.
O caso da falsificação de assinatura atribuída ao médico particular de Maradona não comprova negligência médica, mas, segundo fontes judiciais, "cada elemento novo incorporado incrementa a hipótese provisória de que houve má prática no tratamento que Maradona recebeu".
Edição: Leandro Melito