O número de vítimas fatais em decorrência do novo coronavírus chegou a 217.037 neste domingo (24), conforme dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Somente nas últimas 24h foram registradas 592 mortes e 28.323 novos casos de infecção. Com isso, o número de brasileiros infectados é de 8.844.577.
A média móvel de óbitos, a soma dos registros dos últimos sete dias dividida por sete, é de 1.027. Já a média móvel de contaminações é de 50.925.
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O número de mortes registradas na semana epidemiológica de 17 a 23 de janeiro foi de 7.149, o que fez o período de sete dias se tornar o segundo com a maior taxa de vítimas desde o início da pandemia.
A última semana só não superou a semana epidemiológica 30, de 19 a 25 de julho, quando o país registrou 7.714 mortes.
Sem leitos
O sistema de saúde de Rondônia, na região Norte, está em situação de colapso. Segundo o governador do estado, Marcos Rocha (PSL), não há mais vagas para atendimento.
O painel de leitos atualizado diariamente pela gestão confirmam o cenário: dos 167 leitos de UTI disponíveis para pacientes com a covid-19 na Macrorregião I do estado, 163 estão ocupados. Já na Macrorregião II, dos 66 leitos disponíveis, existem apenas 3 vagos.
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De 14 unidades hospitalares em todo o estado, 12 estão com a taxa de ocupação de UTI em 100%. Apenas o Centro de Afecções Respiratórias (CAR), no município de Ariquemes, e o Hospital Adamastor Teixeira de Oliveira, em Vilhena, apresentam taxa de 85%.
Em pronunciamento no sábado (23), Rocha declarou que fez um acordo com o governo federal para transferir pacientes que estão em fila de espera para tratamento da covid-19. O governador disse ainda que as equipes de saúde estão sobrecarregadas e pediu a profissionais de outras localidades que compareçam ao estado.
Na berlinda
O ministro da Saúde Eduardo Pazuello desembarcou em Manaus (AM) na noite deste sábado (23). Horas antes, a Procuradoria-Geral da República havia solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro em relação à crise de saúde pública na capital amazonense.
Em meio à alta de casos de infecção e óbitos, a população manauara contaminada pelo vírus padeceu sem leitos e oxigênio disponível.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a pasta informou, em nota, que o ministro "não tem voo de volta a Brasília" e que "ficará no Amazonas o tempo que for necessário".
A viagem repentina teria sido sugerida pelo Palácio do Planalto para rebater as críticas da Oposição e resguardar a imagem do ministro, amplamente criticado nas últimas semanas.
Edição: Lucas Weber